A reforma do secretariado do governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB) será congelada. A paralisação nas indicações será de pelo menos 15 dias. No período o tucano fará viagem internacional. Parte da agenda inclui participação no Fórum Econômico Mundial 2014, em Davos, na Suíça, que acontece entre 22 e 25 de janeiro. A viagem está marcada para o dia 17. As alterações na estrutura administrativa do governo foram anunciadas em julho do ano passado. A previsão é que seis de um total de 23 secretarias sejam extintas.
Por sua vez, a secretaria de Alexandre Silveira foi anexada à de Desenvolvimento Regional e Política Urbana, comandada por outro deputado federal, Bilac Pinto (PR). Já foi feita também a junção da Secretaria de Regularização Fundiária com a de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, até então comandada por Elmiro Nascimento (DEM), que assumiu a vice-presidência da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). Na pasta da Agricultura foi colocado Zé Silva (SDD), que estava na Secretaria de Trabalho, que passou à funcionar juntamente com a de Desenvolvimento Social.
Existe a expectativa de que outras mudanças aconteçam até a partida do governador para a Suíça. O novo formato do governo espelhará, ao menos em parte, as alianças que o PSDB, do senador Aécio Neves, tenta fechar para disputar a Presidência da República. O governador Anastasia tenta, por exemplo, atrair o PMDB oferecendo a Secretaria de Saúde, comandada por Antonio Jorge (PPS), que será candidato a deputado estadual. A pasta é uma das mais cobiçadas, pelo volume de recursos que movimenta. O PMDB é um dos principais aliados do PT, do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, que será candidato ao governo de Minas.
A reforma administrativa foi anunciada por Anastasia para um ano em que os parlamentares com cargos no governo seriam obrigados a deixar os postos. A legislação prevê que candidatos às eleições, que têm o primeiro turno realizado sempre em outubro, se desincompatibilizem seis meses antes do pleito. A data para saída é 4 de abril. Entre os parlamentares que também vão deixar os cargos estão, além de Bilac Pinto, o deputado federal pelo DEM, Carlos Melles (Transportes e Obras Públicas), e os deputados estaduais pelo PSD, Cássio Soares (Desenvolvimento Social e Trabalho), e pelo PP, Gil Pereira (Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas Gerais).