Um duelo entre ministros petistas está em curso na Esplanada dos Ministérios pelo apadrinhamento do próximo titular da Saúde, pasta que ficará vaga em fevereiro com a saída de Alexandre Padilha para concorrer ao governo de São Paulo. De um lado, o próprio ministro, que se esforça para fazer como sucessor o secretário responsável pelo Mais Médicos, Mozart Sales. De outro o titular do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic), Fernando Pimentel, que sonha em ampliar seus poderes na área, por meio do mineiro e também secretário da pasta Helvécio Magalhães. O apetite em torno da pasta não é sem razão. Além de ser o ministério de maior orçamento - R$ 100,3 bilhões em 2014 -, a Saúde abriga o Mais Médicos. O programa caiu nas graças da população, é considerado trunfo na campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff e nas disputas estaduais - seja para Padilha, seja para Pimentel, candidato a governador de Minas. São dois ministros, dois candidatos a governador com adversários difíceis pela frente. Pimentel disputará com o tucano Pimenta da Veiga, e Padilha enfrentará o governador Geraldo Alckmin, também do PSDB. No cenário mineiro, a proximidade com Helvécio poderia ser usada por Pimentel como importante arma para fazer frente ao discurso do PSDB, que já deu mostras de que vai usar a saúde como um dos principais pontos de campanha.