A permanência da Força Nacional de Segurança m Humaitá (AM), onde a população entrou em conflito com índios da etnia Tenharim foi ampliada por mais 90 dias. A decisão está presente em portaria do Ministério da Justiça publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (13). A Força Nacional foi enviada para reforçar a segurança local em 27 de dezembro, logo após o desaparecimento de três moradores que atravessavam a reserva indígena.
A tensão em Humaitá aumentou quando o técnico da Eletrobrás Amazonas Aldeney Ribeiro Salvador, o professor Stef Pinheiro e o comerciante Luciano Ferreira Freire desapareceram. A informação na cidade é que eles teriam sido sequestrados e mortos pelos índios Tenharim, que assim estariam vingando a morte do cacique Ivan Tenharim. A versão oficial da morte do cacique é que ele sofreu um acidente de moto na BR-230. Para os índios, ele foi assassinado por pessoas descontentes com a presença dos índios nas cidades e com a cobrança de pedágios para passar por suas terras, nos quais são cobrados valores de R$ 15 a R$ 100. Os índios negam a acusação de sequestro. Revoltados com os desaparecimentos, moradores incendiaram a sede da Funai, três carros e um barco.
O Diário Oficial desta segunda-feira também traz uma portaria que prorroga o emprego da Força Nacional por três meses na região de Santa Inês (MA), onde fica a reserva indígena Awá-Guajá. Decisão judicial determinou que os não-índios devem deixar a área em 40 dias. A Força Nacional já está no local desde o dia 5 de janeiro.