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Estado de Minas

Eduardo Campos diz que não haverá desentendimentos com Marina Silva

Ex-ministra deve ser anunciada como vice na chapa do governador de Pernambuco à Presidência


postado em 14/01/2014 06:00 / atualizado em 14/01/2014 07:30

Eduardo Campos afirmou que quem apostar em um desentendimento entre ele e Marina vai perder(foto: Mauro Filho/Frame/Folhapress )
Eduardo Campos afirmou que quem apostar em um desentendimento entre ele e Marina vai perder (foto: Mauro Filho/Frame/Folhapress )

Recife – O presidenciável e governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disse nessa segunda-feira, em Olinda, que quem apostar no desentendimento dele com a ex-ministra Marina Silva, que deve ser anunciada como vice na chapa ainda neste mês, vai perder. “Quem está torcendo para dar errado aposte barato porque, se apostar caro, vai perder muito”, afirmou. O socialista ressaltou que ainda não existe nenhuma definição sobre a política de alianças nos estados. “Há um desejo de que essas coisas (aliança com Marina) não deem certo. Tem muita gente que deseja muita coisa e não consegue. Não vão conseguir essa, por exemplo”, ressaltou o político pernambucano.

“Marina vai decidir junto conosco todos os estados que a gente vai discutir”, disse Campos. “Em alguns, a gente vai conseguir aquilo que deseja, em outros lugares vamos ter um quadro que já está dado, que vem de uma dinâmica própria”, declarou. “Ninguém aqui está para impor à Rede (Solidariedade) e nem a Rede tem nenhum espírito de nos impor absolutamente nada”, afirmou o governador.

Nas contas de Campos, que também é presidente nacional do PSB, as duas legendas estão em sintonia sobre as candidaturas em cerca de 20 estados. “Onde tem ainda debate, esse debate vai seguir até a gente conseguir consolidar as diretrizes do programa, consolidar o debate sobre as políticas de aliança para que isso se dê dentro de uma estratégia que coloque em primeiro lugar o projeto nacional”, afirmou. “Nós não podemos colocar em primeiro lugar o estado A, B ou C”, avisou.
Campos negou que em São Paulo o partido teria batido o martelo e desistido de apoiar a reeleição do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). “Temos até 30 de janeiro, estamos fechando o documento de referência do programa, as diretrizes programáticas, como estava previsto”, declarou.

O governador afirmou que é preciso cautela para definir as alianças. “Só depois de fechado esse documento, íamos tirar uma diretriz sobre a tática eleitoral, a tática tem que responder ao conteúdo. Deve ser ao longo de fevereiro. Para depois, descer para os estados munidos das diretrizes do programa, para discutir estado a estado”, completou o governador, ao assinalar que está ouvindo e debatendo com partidos como o PPS e o PPL na construção do conteúdo programático.

PROGRAMA A aliança PSB-Rede Sustentabilidade apresentará no próximo dia 30 as bases do programa de governo a ser defendido por Campos. O anúncio foi feito pelo próprio governador, após solenidade de apresentação do calendário anual de pagamento dos servidores estaduais. Segundo ele, o documento apontará uma direção e indicará as diretrizes gerais que deverão ser seguidas pela coligação. “É um documento de caráter geral, que vai orientar os debates sobre pontos específicos”, afirmou o governador. “Servirá para que a gente não faça os debates setoriais descolados de uma concepção de caráter geral”, declarou. A estratégia eleitoral e as candidaturas estaduais também serão definidas somente após a finalização do documento. “Fechado esse documento de conteúdo, a gente acerta a tática eleitoral”, afirmou Campos.


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