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Estado de Minas

Oposição critica gestão da ministra da Casa Civil

As críticas vieram por causa da investigação interna contra Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da república em São Paulo


postado em 14/01/2014 08:10

Rosemary Noronha foi destituída do cargo após processo disciplinar (foto: Denise Andrade/Estadão Conteúdo)
Rosemary Noronha foi destituída do cargo após processo disciplinar (foto: Denise Andrade/Estadão Conteúdo)

Brasília – Parlamentares que fazem oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff classificaram a gestão de omissa em relação à investigação interna produzida contra Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, indicada ao cargo pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como o Estado de Minas mostrou ontem, o Ministério Público Federal (MPF) investiga a Casa Civil por suposta manipulação do processo que apurou o envolvimento da servidora em esquema de corrupção e tráfico de influência.

De maneira bastante contundente, o líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), declarou que “os líderes do PT estão passando a mão na cabeça de criminosos”. De acordo com o deputado, existe uma clara manipulação para que os fatos não venham à tona. “A investigação se faz necessária. Há uma manipulação em tudo que vem sendo denunciado. Inclusive, várias situações até hoje não foram esclarecidas. Lula não deu nenhuma palavra a respeito. É um caso gravíssimo. Quem não quer a investigação prefere continuar manipulando as informações”, afirmou.

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) ressaltou que o MPF reage “ao conjunto da obra”. Para o tucano, há uma conivência do governo com os escândalos. “Houve aquela faxina que a Dilma fez, mas, quando chegam perto de verdade do governo as coisas não são investigadas”, salientou. O senador Agripino Maia (RN), líder do DEM no Senado, declarou que o MPF está traduzindo a indignação do país. “Eles (o governo federal) instauraram um processo interno e ofereceram uma conclusão muito leve. Houve um entendimento entre a estrutura do atual governo e aqueles que faziam o gabinete civil de Lula”, declarou.

A Secretaria-Geral da Presidência negou que tenha se omitido nas investigações sobre a conduta da ex-funcionária do gabinete do Planalto em São Paulo. A assessoria de comunicação da pasta, depois de a atribuição sobre apurações ter sido delegada à Casa Civil, comunicou que o órgão instaurou “procedimento de acompanhamento”. “A sindicância (da Casa Civil) encontrou elementos fáticos que ensejaram a instalação de procedimento administrativo disciplinar (PAD), que foi realizado no âmbito da CGU e resultou na destituição da servidora Rosemary Noronha, pena máxima em processos dessa natureza”, concluiu o órgão.

Braço direito de Lula durante os seus dois governos (2003-2010), Rose se complicou depois de a Polícia Federal apontar a participação dela em suposto esquema de venda de pareceres técnicos do governo a empresas privadas. O inquérito sobre as investigações do governo federal a respeito de Rose foi aberto em 18 de dezembro e tem prazo de um ano, prorrogável por mais um, para ser concluído.


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