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Aliados de Dilma esperam reforma ministerial para ampliar bancadasMercadante evita comentar reforma ministerialReforma ministerial abre temporada de despedidasÀs vésperas da reforma ministerial, PP tem confronto interno para indicar novo ministro Temer chama peemedebistas para reunião sobre reformaAlém de Gleisi e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha - que também deve sair em fevereiro, após acompanhar Dilma em viagem a Havana (Cuba) no fim do mês -, os outros auxiliares que concorrerão às eleições deixarão as pastas em março. Padilha será candidato do PT à sucessão do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
A disputa entre o PMDB e o PP, comandado pelo senador Ciro Nogueira (PI), ficou acirrada nos últimos tempos e incluiu até acusações mútuas de sabotagem para a liberação de emendas parlamentares. Além disso, o PP está de olho no Ministério da Integração Nacional, objeto de desejo do PMDB e responsável por uma das mais importantes obras do governo, a transposição do Rio São Francisco. Até setembro, a pasta estava sob influência do PSB, presidido pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que deve disputa o Planalto contra Dilma.
Contemplar o PP tornou-se importante para a presidente por causa da propaganda eleitoral. Em 2010, o partido ficou neutro na disputa, mas desta vez o PT espera contar com o tempo de TV dos aliados.
Pretensões
Temer vai se reunir amanhã à noite com os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e do Senado, Renan Calheiros (AL), e também com os líderes do PMDB nas duas Casas, para conversar sobre as pretensões do partido na Esplanada.
Dilma deve aceitar a indicação do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) para ocupar a Integração Nacional, mas não quer saber de briga pelo espólio de Cidades. O atual ministro da pasta, Aguinaldo Ribeiro (PB), sairá da Esplanada porque vai concorrer à eleição para deputado federal, mas o PP continuará controlando a pasta - a única sob comando do partido.
“Haverá mais duas ou três rodadas de conversa com o PMDB sobre reforma ministerial”, afirmou o senador Valdir Raupp (RO), presidente do partido. “Não há pressão nem pressa.” Atualmente, o PMDB controla cinco ministérios (Minas e Energia, Previdência, Turismo, Aviação Civil e Agricultura). Deve sair da reforma com seis.