Atualmente, quando chega ao Congresso, a medida provisória é enviada para análise e votação de uma comissão mista de deputados e senadores criada com essa finalidade e só então segue para os plenários das duas casas, primeiro a Câmara, depois o Senado. As MPs vigoram por 60 dias, podendo ser prorrogadas uma vez por mais 60 dias. Elas passam a trancar a pauta da Câmara 45 dias após o início da tramitação no Congresso, desde que tenham sido aprovadas na comissão mista.
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Câmara não aceitará MPs com 'penduricalhos', diz AlvesAlves e Renan acertam novas regras para tramitação de MPs na CâmaraHenrique Alves quer prazo mínimo para Câmara avaliar MPs"Hoje, essa comissão mista acaba utilizando todo o tempo de tramitação da medida provisória e resta para o Plenário pouquíssimo tempo. O Plenário acaba tendo que votar em um dia e até em horas, no final do prazo, como já aconteceu, sem a possibilidade de conhecer melhor a matéria, de discutir melhor. O outro tema que a PEC aborda é a questão dos chamados ‘jabutis’, matérias estranhas que surgem nas medidas provisórias."
Abuso
Em audiência pública na comissão, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcos Furtado Coelho, elogiou a proposta em discussão na Câmara e defendeu a necessidade de mudanças. "A medida em que temos a necessidade, nesse presidencialismo de coalizão que vivemos em nosso País, do não engessamento das atividades administrativas e das grandes definições governamentais, o uso das medidas provisórias se verificou útil, mas o abuso no uso das medidas provisórias deve ser contido", ressalta.
Já no ano passado, antes mesmo de legislação ser alterada, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, adotou novos procedimentos para a análise das MPs. Ele exigiu que a comissão mista encaminhe a medida com pelo menos 15 dias de prazo para análise dos plenários da Câmara e do Senado. Caso temas estranhos à MP sejam incluídos na sua origem ou acrescentados no Congresso por meio de emendas, o presidente da Câmara pode devolver o texto à comissão mista para ajustes.
Com Agência Câmara