Provável candidato do PSDB à Presidência, o senador Aécio Neves (MG) afirmou, nesta terça-feira, que o PSB é quem mais sairá perdendo caso o partido aceite o veto proposto pela ex-ministra Marina Silva a apoiar a candidatura à reeleição do governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin.
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Eduardo Campos está sem pressa para discutir sucessão no governo de PEPor Marina, Campos retiraria apoio ao PSDB em SPEduardo Campos diz que não haverá desentendimentos com Marina SilvaIda de Marina Silva ao Recife gera expectativa de anúncio da candidatura a viceCúpula do PSB segue Rede e também defende candidato próprio em Minas PSDB estuda aproximação com o PMDB, para reforçar o palanque de Aécio'PT quer ganhar eleição quase por W.O.', diz AécioAécio Neves prevê aliança com PSB em pelo menos 15 estados"Se houver veto, altera o quadro, em prejuízo maior do próprio PSB", disse Aécio Neves, em entrevista coletiva na sede nacional do PSDB em Brasília, na qual falou principalmente das ações do partido após o episódio de retenção de recursos da poupança da Caixa de correntistas que tiveram suas contas canceladas por irregularidades cadastrais. O tucano aproveitou a coletiva para anunciar que, em fevereiro, a direção nacional do PSDB vai se reunir para chancelar todas as coligações estaduais que serão firmadas visando as eleições de outubro.
Aécio comentou que toda decisão tomada "a fórceps" é artificial e, na opinião dele, imposições na política não trazem "bons resultados". Contudo, o presidente do partido destacou que, no que depender dele, o PSB continuará aliado ao governador paulista. Ele ressalvou que a negociação em São Paulo será conduzida pelas lideranças do partido no estado.
O tucano disse que já fez avaliações de que em pelo menos 15 estados PSDB e PSB podem firmar alianças eleitorais e, se "empurrarmos um pouco", os acordos entre os dois partidos podem chegar a 20 unidades da federação.
Aécio Neves falou ainda que o PSDB "estará competitivo" na campanha eleitoral, em condições de disputar com o PT, principal adversário. Para ele, seria um "prazer" dividir palanque com Eduardo Campos e, na sua "modesta opinião", a aliança deve continuar. "Tenho estimulado que possamos respeitar as decisões locais", observou.