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Desde que o socialista Fernando Bezerra deixou o comando da pasta, em outubro do ano passado, a Integração Nacional virou alvo de cobiça dos peemedebistas. Além da capilaridade, especialmente no Nordeste, a pasta é responsável pela Transposição do Rio São Francisco, uma das principais obras em curso no governo. Dilma, entretanto, indicou um técnico para o cargo.
A resistência da presidente em indicar Vital do Rêgo tem sido interpretada pelos peemedebistas, nos bastidores, como sinal de que ela poderia contemplar o PROS do governador do Ceará, Cid Gomes, na reforma ministerial. A eventual entrega da Integração Nacional para o PROS é considerada como "inadmissível" por um cacique peemedebista. O irmão de Cid, Ciro Gomes, afirmou certa vez que o PMDB é um "ajuntamento de assaltantes". Se não forem contemplados com a Integração Nacional, os peemedebistas querem, pelo menos, um ministério de idêntico quilate. Passaram a cortejar o Ministério das Cidades, mas Dilma já avisou Temer que a pasta deve ficar nas mãos do PP.
Outra preocupação dos peemedebistas é com a falta de definição quanto às alianças regionais de candidatos do partido com o PT e demais integrantes da base aliada. Estados como Piauí, Rio de Janeiro, Amazonas e Ceará devem registrar disputas entre aliados. A avaliação geral é de que a costura não deslanchou desde novembro passado, quando foi eleita a nova direção do PT. Ao contrário, em alguns locais a situação está ainda pior. No Rio de Janeiro, a disputa pode ter, de um lado, o petista Lindbergh Farias e, de outro, o peemedebista Luiz Fernando Pezão. Ontem, o deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI) participou de uma reunião com Temer, logo após ele ter falado com Dilma. Comunicou aos presentes que vai disputar o governo do Piauí contra o líder do PT no Senado, Wellington Dias.