Criados no ano passado na tentativa de reunir políticos insatisfeitos em suas respectivas legendas, ganhar força política para garantir cargos e abocanhar recursos públicos e privados, o Solidariedade (SDD) e o Partido Republicano da Ordem Social (Pros) caminham para ganhar mais verba do Fundo Partidário — uma das principais fontes de sobrevivência financeira das agremiações. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio, deferiu liminar, em ação cautelar apresentada pelo SDD, para incluir a sigla no rateio dos 95% dos recursos do fundo. O percentual é distribuído proporcionalmente entre as legendas de acordo com os votos obtidos na última eleição geral para a Câmara dos Deputados. Os demais 5% são distribuídos, em partes iguais, entre todos os partidos que tenham estatuto registrado no TSE.
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TSE inclui Solidariedade em rateio do Fundo PartidárioPROS e Solidariedade asseguram tempo na TV e participação no Fundo PartidárioFundo partidário deve bater recorde: R$ 364,3 milhõesPT de Minas é punido pelo TRE e ficará sem fundo partidário por 6 mesesPartidos começam guerra judicial para barrar propaganda eleitoralOs partidos que perderam integrantes para as duas novas legendas receberão menos recursos. O ministro Marco Aurélio determinou que o cálculo dos valores que serão repassados ao Solidariedade, fundado pelo deputado Paulinho da Força (SP), deverá ter como base o número de parlamentares de outros partidos que migraram para a sigla. Mas os recursos só serão efetivamente repassados depois do julgamento final da ação. Até lá, o montante será retido pela Justiça Eleitoral. Na ação, o SDD argumentou que tem direito a receber mensalmente o dinheiro sob os mesmos critérios que outros partidos são contemplados. A legenda afirmou que “sofre prejuízo irreparável” ao não receber as quantias mensais.