O senador mineiro e provável candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Aécio Neves, fez críticas à condução do país pelo PT e avaliou como natural a aliança com o PSB, do possível adversário Eduardo Campos, governador de Pernambuco, nos estados. Em entrevista à TV Estadão na tarde desta quarta-feira, 15, Aécio disse que a candidatura de Campos é "muito bem-vinda na discussão política brasileira" e criticou o PT por tentar inibir candidaturas. "Quem buscou inibir candidaturas como a da própria Marina, inviabilizando a criação da Rede do ponto de vista congressual, ou criando dificuldades para a candidatura do governador Eduardo foi o PT. O PT quer ganhar quase por W.O. essa eleição", afirmou.
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Aécio Neves prevê aliança com PSB em pelo menos 15 estadosPSB perde se Marina vetar aliança com PSDB em SP, diz Aécio Aécio define coordenador de campanha na internet rumo ao Palácio do Planalto Eventos driblam lei e exibem candidatos à Presidência da RepúblicaAécio confirma Anastasia como coordenador do programa de governo PSDB estuda aproximação com o PMDB, para reforçar o palanque de AécioAo dizer que a aliança com o PSB em muitos estados brasileiros é natural, Aécio falou ainda que "as coisas naturais na política são as que devem prevalecer". "Eu portanto estimularei sempre que possível a continuidade dessas alianças", afirmou. Ele lembrou que o PSB participa do governo de Geraldo Alckmin "desde o início".
A discussão sobre a vice-candidatura presidencial, de acordo com ele, é uma questão que deve ser debatida pelo partido a partir de maio. "Política é a arte de administrar o tempo", disse, ao ser questionado sobre a composição da chapa. "O que estamos definindo nesse instante, em primeiro lugar, é o discurso do PSDB."
Críticas
Aécio reforçou suas críticas ao "aparelhamento da máquina pública" e à "má condução da economia" durante a gestão petista. "Estou cada dia mais confiante de que o Brasil precisa encerrar esse ciclo de desgoverno do PT, que nos tem levado a crescer esse ano passado apenas mais do que a Venezuela na América do Sul, com a inflação já infelizmente saindo do controle", disse. "A visão de mundo não pode mais ser atrasada", completou.
O tucano disse ainda não avaliar que a presença da presidente Dilma Rousseff no segundo turno eleitoral seja garantida. "Estamos vendo hoje muitas conquistas em risco, inclusive o controle inflacionário", apontou ele, que citou a perda de credibilidade do país junto a agentes internacionais.
Mesmo o cenário do emprego no Brasil, apresentado pelo governo como um ponto positivo devido às baixas taxas de desemprego, foi avaliado pelo provável adversário de Dilma como um problema porque o país está perdendo a qualidade dos empregos. "O emprego industrial vem caindo", apontou Aécio, dizendo que este é o emprego de melhor qualidade. Com as críticas, Aécio voltou a falar em "herança maldita" deixada pelo PT. Ele citou ainda a crise no sistema penitenciário no Maranhão e a omissão do governo federal na condução do problema da segurança.
Sobre o caso conhecido como mensalão mineiro, Aécio defendeu a "apuração de todas as denúncias" e disse que o PSDB não irá cometer o "equívoco do PT" de "transformar políticos presos em presos políticos".