Brasília – Horas antes do jantar da cúpula do PMDB no Palácio do Jaburu, a presidente Dilma Rousseff se reuniu com o vice-presidente Michel Temer e disse que ainda não bateu o martelo sobre a reforma ministerial e que só pensará sobre o assunto após o dia 29, quando retornará das viagens a Davos, na Suíça, e a Cuba. Na segunda-feira, a presidente avisou o mesmo Temer que não teria como ampliar o espaço do PMDB na Esplanada, o que, em tese, inviabilizaria a indicação do senador Vital do Rêgo (PB) para o Ministério da Integração Nacional.
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Palanques
Enquanto a presidente Dilma negocia com o PMDB os espaços no governo, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, viaja a partir de amanhã para discutir os palanques estaduais. Ele vai ao Ceará, a Alagoas, Bahia e Rio de Janeiro. Em todos eles, existem crises envolvendo o PMDB. Em pelo menos três, os problemas estão diretamente relacionados ao PT. No Ceará, o PT está negociando uma aliança com o governador Cid Gomes que pode isolar o candidato do PMDB ao governo local, senador Eunício Oliveira. Na Bahia, Geddel Vieira Lima deve concorrer ao Senado, deixando o ex-governador Paulo Souto (DEM) para enfrentar o candidato do PT, Rui Costa.
No Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral ainda tenta uma aliança com o PT. Na segunda-feira, Temer foi ao Rio para almoçar com a cúpula do PMDB fluminense. Após o encontro, o presidente estadual Jorge Picciani, afirmou que a legenda poderia ceder ao PT a vaga para o Senado caso o partido decida apoiar a candidatura de Luiz Fernando Pezão ao governo do Rio. Raupp afirmou que o partido deverá lançar entre 18 a 20 candidatos aos governos estaduais em outubro. “Sobre a reforma ministerial, caberá à presidente avaliar o tamanho do PMDB para saber se merecemos ou não mais espaço na Esplanada.”