Será a primeira viagem oficial em 2014, ano em que Dilma tentará a reeleição. Já em clima de disputa, o ex-presidente do PT de Minas e ex-deputado Roberto Carvalho deu o tom de como deverá ser a campanha petista em Minas – de ânimos acirrados entre os dois principais protagonistas das eleições deste ano no Estado, PSDB e PT. Nesta quinta-feira, em sua conta no twitter, Carvalho falou sobre a presença da presidente novamente no Estado. "Minas não é propriedade de ninguém. Minas é universal, o espírito de Minas não é pequeno e tem todas as cores”, postou Carvalho, nesta quinta-feira, na rede social.
O comentário parece uma provocação endereçada às críticas do principal adversário de Dilma no Estado, o senador Aécio Neves, que também é pré-candidato à Presidência da República. Aécio tem condenado de forma veemente o tratamento dispensado pela presidente a Minas Gerais. O senador destaca, de forma reiterada, que a presidente se afastou de Minas Gerais nos últimos anos, deixando de resolver os principais problemas do estado.
Relatório divulgado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos destaca que, desde 2004, deixaram de ser liberados para o sistema de BH R$ 801,58 milhões, embora os recursos estivessem previstos no orçamento de cada ano do governo federal. Dilma assumiu a presidência em 2011, mas é a idealizadora do PAC, reconhecimento dado a ela pelo ex-presidente Lula.
Metrô de BH
O recurso que seria anunciado em dezembro passado para o metrô faria parte dos 50 bilhões do Pacto pela Mobilidade Urbana, anunciado pela presidente em junho de 2013 - no auge dos protestos que ganharam as ruas das principais cidades do país. Em entrevista a rádios de Belo Horizonte, em agosto do ano passado, a presidente afirmou que o governo federal deverá atender o pedido do executivo estadual, de liberar mais R$ 2 bilhões para obras do metrô. “Vamos aumentar [recursos para o metrô]. Estamos na fase final de estudos para saber como serão essas parcelas”, garantiu Dilma durante a entrevista.
Segundo dados do Ministério das Cidades, hoje Minas Gerais tem investimentos de R$ 5,41 bilhões em obras de mobilidade incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ao todo, são 19 empreendimentos que contam com R$ 1,21 bilhão do orçamento da União, R$ 2,43 bilhões de financiamento público e R$ 1,18 bilhão de participação do setor privado. Além disso, estados e municípios ainda contribuem com R$ 600 milhões de contrapartida.