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Estado de Minas

Controlar nega acusação de suborno a ex-prefeito de SP

"A Controlar nega veementemente as insinuações e afirma que sempre pautou suas ações baseada nos princípios da ética e da legalidade", afirmou a empresa, por meio de nota


postado em 17/01/2014 11:31 / atualizado em 17/01/2014 13:13

São Paulo - A Controlar, empresa de inspeção veicular que atua na cidade de São Paulo, contestou as denúncias de que teria dado dinheiro ao ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, conforme reportou a imprensa nacional. "A Controlar nega veementemente as insinuações e afirma que sempre pautou suas ações baseada nos princípios da ética e da legalidade", afirmou, por meio de nota.

Uma testemunha protegida disse ao Ministério Público Estadual ter ouvido que o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) recebeu "verdadeira fortuna" da empresa Controlar e que o dinheiro ficou guardado em seu apartamento. A testemunha não apresentou provas.

A testemunha relatou fatos que teriam sido narrados por Ronilson Bezerra Rodrigues, apontado como líder da máfia do Imposto Sobre Serviço (ISS). Ele afirmou que Kassab pediu ajuda ao empresário Marco Aurélio Garcia, irmão do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Garcia, para levar o dinheiro até uma fazenda em Mato Grosso. O depoimento da "testemunha Gama", consta do Procedimento Investigatório Criminal (PIC) 03/2013 do MPE. O relato foi anexado aos autos no dia 19.

Kassab também negou e classificou as acusações como "fantasiosas".

O contrato da Prefeitura de São Paulo com a Controlar para a inspeção veicular é questionado pelo Ministério Público por ter sido assinado de forma irregular. A contratação da empresa, em 2007, foi feita a partir de uma licitação criada na gestão Paulo Maluf, em 1996, que estava congelada. Para a Promotoria, deveria ter sido feita uma nova concorrência.

Em outubro de 2013, a prefeitura de São Paulo declarou a extinção do contrato com a empresa. O município considerou que o contrato já expirou. Para a Controlar, a decisão foi tomada de forma "arbitrária" e na Justiça, obteve uma liminar para a manutenção do contrato até 31 de janeiro de 2014. Ontem a empresa informou que a partir de 1º de fevereiro inicia sua "desmobilização". Os cerca de 800 funcionários já receberam aviso prévio.


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