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TCE cria sistema on-line para vigiar compras dos municípios TCE programa reajustes em série e retroativosProjeto pode acabar com apadrinhamentos para cargos de conselheiros do TCE e do TCUA reforma dos edifícios conhecidos como embasamento e lâmina 1, construídos nas décadas de 60 e 70, tem previsão de duração de 30 meses. No total, serão remodelados 400 metros quadrados, com a implantação de novas redes de lógica (para atender à crescente demanda de digitalização de processos, informática e telefonia), além de eletricidade, água e esgoto. Para que as intervenções tenham início, será necessária a transferência de 52 varas Cíveis e uma vara de Registro Público para um prédio na Cidade Nova, na região central. Antes da suspensão da concorrência, a previsão era que as transferências ocorreriam entre março e abril.
"As dependências das varas de primeira instância ficarão nas mesmas condições de qualidade encontradas no segundo grau", afirmou a presidente do TJ, desembargadora Leila Mariano, ao anunciar a reforma em dezembro, referindo-se aos novos edifícios que abrigam os desembargadores das Câmaras Cíveis e Criminais.
Em nota, o TJ informou que a obra está mantida, e que será marcada uma nova data para recebimento das propostas para a obra.
Obra da Delta
Em outubro de 2012, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que um relatório do CNJ encontrou indícios de direcionamento na licitação que escolheu a Delta Construções para construir a torre central da sede do TJ fluminense. O documento questionava a celebração de cinco aditivos que elevaram o preço final da obra em 23,63%. Além disso, a obra foi entregue com quatro meses de atraso. Por determinação do corregedor Francisco Falcão, foi instaurada sindicância em novembro de 2012. Segundo o CNJ, já foram realizadas audiências com o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria Geral da União (CGU). A previsão é que a sindicância seja concluída no mês que vem. Na ocasião, o TJ e a Delta divulgaram nota negando qualquer irregularidade.
A Delta perdeu vários contratos com órgãos públicos depois que Operação Monte Carlo da Polícia Federal revelou, em fevereiro de 2012, ligações da empreiteira que pertencia a Fernando Cavendish com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. A empresa foi declarada inidônea pela Controladoria Geral da União em junho daquele ano. A penalidade foi suspensa na semana passada por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A CGU informou que vai recorrer.