O Tribunal de Justiça de Minas Gerais atingiu o índice de 42,38%. Isso significa que, dos 20.755 processos que deveriam ter sido julgados, 11.982 estão pendurados: 2.993 relativos a improbidade administrativa e 8.989 relacionados a crimes contra a administração pública. A Corte mineira está entre os 12 órgãos que não atingiram nem 50% do que foi determinado pelo conselho. O Tribunal de Justiça do Amapá e os militares do Rio de Janeiro e de São Paulo foram os únicos que atingiram mais de 90% da meta. Os dados podem ser acompanhados em tempo real, no portal do CNJ.
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Planalto pedirá ao CNJ pente-fino nos presídios das cidades-sede da Copa do Mundo Governo desmente relatório do CNJ sobre violações de direitos humanos no MaranhãoInvestigação de atuação de juízes mais que dobrou em 2013, aponta balanço do CNJCNJ julgou mais de 7 mil ações em 2013Ele ressaltou que os processos do alvo da meta são complicados. “São processos em que as partes contratam os melhores advogados, que fazem valer nossa burocracia processual. Esses processos normalmente têm diversos incidentes: perícias complicadas, muitas partes, testemunhas arroladas em diversos lugares. Além disso, não existe juiz exclusivo para julgar essa ação”, observou.
PRAZO A Meta 18 foi estabelecida pelo CNJ em novembro de 2012 e colocou como objetivo o julgamento, até o fim do ano passado, dos processos contra a administração pública e de improbidade administrativa distribuídos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), à Justiça Federal e aos estados até 31 de dezembro de 2011. Os tribunais têm até o dia 30 para enviar todos os dados ao CNJ.
Uma nova meta foi estabelecida para 2014. Além de ter que concluir o julgamento das ações que entraram na Justiça até o fim de 2011, as cortes terão de avançar nos processos que ingressaram no decorrer de 2012. As justiças estadual e Militar terão que concluir 100% de todas as ações de improbidade e de crimes contra a administração distribuídas até 31 de dezembro de 2012. Já a Justiça Federal e o Superior Tribunal de Justiça (STJ), além de eliminar o estoque que ingressou até o final de 2011, terão que avançar concluindo 50% das ações que ingressaram no decorrer de 2012.
Cobranças de mais agilidade
A meta do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi estabelecida durante o 7º Encontro Nacional do Judiciário, que ocorreu em novembro, em Belém (PA). “Um dos grandes problemas do Estado brasileiro é o alto índice de corrupção e o Poder Judiciário não pode ser insensível a isso”, afirmou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Joaquim Barbosa, ao discursar para presidentes e corregedores de todos os tribunais do país, na abertura do evento.
Em maio, ele encaminhou ofício aos presidentes dos tribunais brasileiros cobrando o julgamento, em 2013, de todas as ações de improbidade e de crimes contra a administração pública distribuídas até 2011. Em busca de proporcionar estrutura de trabalho, sobretudo para as varas da primeira instância da Justiça, onde estão os principais gargalos – é no primeiro grau onde tramitam 80% de todos os processos do Judiciário, segundo dados de 2012 do relatório Justiça em Números –, também foi estabelecido para este ano que as cortes estaduais, trabalhistas e militares terão que aplicar parâmetros objetivos de distribuição de pessoal de acordo com a necessidade de cada corte.
Divisão de tarefas
Justiças estadual e militar: Identificar e julgar, até 31 de dezembro, todas as ações de improbidade administrativa e ações penais relacionadas a crimes contra a administração pública, distribuídas até 31 de dezembro de 2012.
Justiça Federal e STJ: Identificar e julgar, até 31 de dezembro, todas as ações de improbidade administrativa e ações penais relacionadas a crimes contra a administração pública distribuídas até 31 de dezembro de 2011 e 50% das ações dessa natureza distribuídas até 31 de dezembro 2012.