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Polícia faz busca e apreensão em três estados por causa do golpe da Mega SenaPMDB tenta coalizão no RN, sem sucesso até agoraO empresário diz que conversou com Vieira uma hora antes de ele ser capturado pela Polícia Federal. O suplente de deputado teria justificado ao sócio que o dinheiro encontrado em sua conta (cerca de R$ 30 milhões) era proveniente da venda de um terreno. "Ele ficou sabendo que sua conta foi bloqueada pela Justiça e me contou que era dinheiro da venda de um lote. Uma hora depois ele foi preso." Conforme o empresário, contudo, o sócio não teria condições de comprar um terreno por valor milionário. "Só se ele comprou para pagar depois."
Pedro Espírito Santo confirmou, ainda, que o suplente de deputado comprou um avião monomotor, segundo ele, por R$ 380 mil. A PF apreendeu o monomotor durante a busca e apreensão da Operação Éskhara (ferida, em grego) deflagrada sábado.
Prisões
O suplente de deputado é o único preso até o momento pela PF. Outras quatro pessoas continuam foragidas. Entre elas: Talles Henrique de Freitas Cardozo e os irmãos Alberto Nunes Trigueiro Filho e Paulo André Pinto Trigueiro. Uma quarta pessoa ainda é dúvida para a PF, que suspeita da possibilidade de se tratar de um outro nome fictício criado pela quadrilha para lavar o dinheiro. Em nome desta pessoa a PF encontrou R$ 42 milhões e sete veículos comprados recentemente em Goiânia (seis Corollas e uma Hilux).
Conforme a investigação, a quadrilha abriu uma conta corrente numa agência da CEF na cidade de Tocantinópolis. A partir de um bilhete falso da Mega Sena o gerente liberou R$ 73 milhões para o pagamento do suposto prêmio. O dinheiro foi distribuído desta conta para outras dezenas. A reportagem apurou que a quadrilha tentou aplicar o golpe em outros quatro Estados, mas não conseguiu apoio de um gerente para fazê-lo. A PF investiga a razão de a CEF permitir abertura de uma conta com um nome e um CPF inexistente. A CEF informou, por meio de nota, que identificou a fraude e comunicou à PF.
Um relatório de auditoria da Controladoria Geral da União (CGU) revelou que a CEF cancelou em 496.776 mil contas correntes e poupança em 2012 que haviam sido abertas com CPFs inexistentes. O caso virou escândalo porque o saldo das contas foi contabilizado como lucro da CEF, conforme revelou a revista IstoÉ.
Com Agência Estado