O secretário de Saúde de São Bernardo do Campo (SP), Arthur Chioro (PT), praticamente garantido como novo ministro da Saúde após intervenção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reforma ministerial, é alvo de investigação do Ministério Público de São Paulo (MPSP). A presidente Dilma Rousseff deve se reunir hoje com Chioro para bater o martelo em torno do seu nome. Em setembro do ano passado, a promotora Taciana Trevisoli Panagio, que atua em São Bernardo do Campo, instaurou inquérito civil público para apurar a denúncia de que Chioro, além de comandar a pasta municipal, é dono de uma empresa da área que prestava consultorias para prefeituras petistas.
A Consaúde Consultoria, Auditoria e Planejamento LTDA., que tem Chioro como sócio majoritário, manteve contratos sem licitação com várias prefeituras de São Paulo, incluindo administrações do seu próprio partido. A empresa prestou serviços, por exemplo, para a Prefeitura de Ubatuba, comandada pelo petista Maurício Morozimato. Também foi firmado contrato com o município de Botucatu, durante a gestão do petista Antônio Mário de Paula Ferreira. A Lei Orgânica do Município (LOM) de São Bernardo do Campo não permite secretários municipais serem donos de empresas que mantêm contratos com entes públicos.