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Aloizio Mercadante está confirmado na Casa Civil e torna-se aposta do PT para 2018Ideli perde força com a ida de Mercadante para a Casa CivilDilma discute reforma ministerial com MercadanteUso de helicóptero coloca Ideli Salvatti à beira de uma advertênciaComissão de Ética da Presidência analisa hoje os voos de Ideli SalvattiMercadante e líder do PT falam sobre pauta legislativaA ministra das Relações Institucionais está com o futuro político indefinido. Ela tem três caminhos a seguir. O primeiro é se candidatar ao Senado por Santa Catarina, embora o grupo político dela tenha perdido a eleição para comandar o diretório do PT estadual. Outra opção é concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados, o que seria uma espécie de rebaixamento para quem já foi senadora entre 2003 e 2011. Essas duas opções têm de ser tomadas até abril, prazo previsto em lei para que ministros deixem o governo a fim de disputar votos em outubro.
Futuro de Ideli
A terceira opção é continuar onde está, caso a presidente Dilma Rousseff a convide para "sacrifício" permanecendo no governo se Dilma for reeleita. Essa é a solução que Dilma escolheu para o próprio Mercadante, que, ao contrário de Ideli, deverá ter um papel de destaque no governo e na campanha presidencial. "Onde estará Ideli? Candidata ao Senado, à Câmara? Fica ministra? Onde?", comentou o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), dando o tom da indefinição sobre o futuro de Ideli na Esplanada.
Com os senadores da base aliada, Mercadante mantém contato constante. O ministro tem participado de encontros com o presidente da Casa, Renan Calheiros, e líderes partidários e discutido projetos, como o Plano Nacional de Educação, desmarcando compromissos no próprio ministério.
"Certamente Mercadante, como (Antonio) Palocci, teria uma interlocução maior com seus companheiros de Parlamento", concluiu Alves. O presidente da Câmara deixa claro a sombra que o ministro poderá produzir sobre a ministra responsável pela articulação política. "Mercadante chegará forte por toda sua história e consistência. Tomara que tenha a humildade que o cargo também exige. O ano será difícil, de muitas tensões", emendou.
Ao longo do ano passado, Ideli Salvatti bateu ponto na Câmara e no Senado para conversar com líderes da base sobre vários projetos de interesse do governo Dilma, como na votação da Medida Provisória que instituiu o novo marco regulatório para os portos. Mas, nos projetos mais sensíveis, eram os ministros das respectivas áreas técnicas que davam o aval para as negociações - no caso da MP dos Portos, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que está de saída da pasta para concorrer ao governo do Paraná.
"Ideli tem um papel de articulação, até sacrificado pelos limites impostos. Antes ela iria sair para disputar. Vamos esperar", afirmou Alves. (Com Agência Estado)