Com expectativa cada vez menor de se aliar ao PSB e SDB em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, o PPS espera, agora, contrapartidas dos socialistas em três estados - Maranhão, Amazonas e Distrito Federal, para manter apoio à candidatura presidencial do governador Eduardo Campos (PSB). O principal nó da questão, entre as citadas unidades da Federação, é o Distrito Federal. Nesse último caso, o PSB já tem a pré-candidatura posta do senador Rodrigo Rollemberg, liderança também defendida por Eduardo e Marina Silva, mas o PPS espera apoio à pré-candidatura da deputada distrital Eliana Pedrosa.
A indicação de Jungmann para a interlocução com o PSB nacional foi vista por lideranças socialistas de São Paulo com certo receio. O pós-comunista tem uma relação muito próxima com o PSDB nacional, com quem o PSB tem tido dificuldades em estados considerados fundamentais, a exemplo de São Paulo, para fechar alianças devido a pressões da Rede.
A escolha de Jungmann surgiu quase uma semana depois de o PPS ameaçar romper nacionalmente a aliança com Eduardo, caso o PSB não apoiasse a reeleição do governador Geraldo Alckmin. Ele negou, contudo, que tal gesto fosse acontecer, mesmo depois de o presidente do PPS em São Paulo, Davi Zaia, reforçar a mesma tese ontem ao Diario.
“Isso (o rompimento no Brasil por conta de São Paulo) não vai acontecer. Vou conversar com Carlos Siqueira (secretário-geral do PSB nacional) na próxima semana. Roberto Freire nos designou para falar pelo PPS sobre a colaboração do programa de governo e os seminários regionais que serão realizados pelo país. Nós estamos vendo também a possibilidade de contar com o apoio do PSB/Rede no Maranhão, no Amazonas e no Distrito Federal como contrapartida (por São Paulo)”, afirmou Jungmann, referindo-se, respectivamente, às pré-candidaturas de Eliziane Lins, Hissa Abrahão, Eliana Pedrosa.