Jornal Estado de Minas

Cúpula do PSB segue Rede e também defende candidato próprio em Minas

Para o secretário-geral do PSB mineiro, Adenor Simões, uma candidatura própria também servirá para o presidente da legenda e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ter palanque

O PSB de Minas Gerais também é favorável a ideia de lançar um candidato próprio para concorrer ao governo do estado nas eleições deste ano. A intenção, que já havia sido demonstrada pelo presidente nacional do partido, Eduardo Campos, foi explicitada nessa quarta-feira pela militância do #Rede Sustentabilidade que faz dobradinha com os socialistas. Os integrantes da virtual legenda, que divulgaram um texto dizendo que é preciso "romper a hegemonia do PSDB em Minas", contestam a negativa do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, em disputar o pleito por estar alinhado com o provável candidato a presidente pelo PSDB, senador Aécio Neves.
"Eu penso que partido para se afirmar tem que ter candidato próprio. O PSB é um partido grande, tem história, tem presente. Temos o melhor governador e o melhor prefeito do país. Então é natural que no segundo estado da federação nós tenhamos candidato próprio para disputar o governo de Minas", afirmou o vice-presidente estadual do PSB de Minas, Mario Assad Júnior. "Com o PSDB temos um dialogo franco, verdadeiro, mas isso não impede, nem inibe que o PSDB e o PSB lancem candidatos próprios ao governo", acrescentou.

Para o secretário-geral do PSB mineiro, Adenor Simões, uma candidatura própria também servirá para o presidente da legenda e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, possível candidato à presidência da República, ter um palanque forte no estado. "O que nós temos discutido nos últimos encontros é manter o desejo de ter uma candidatura própria. Isso já foi firmado inclusive porque o governador Eduardo Campos precisa de um palanque forte em Minas", disse Simões. "Não é um rompimento com o PSDB, mas é dizer que lá na frente teremos uma conversa de igual para igual" acrescentou.

A condição, porém, para o lançamento desta candidatura, seria um pacto de não-agressão com a candidatura do PSDB. "Provavelmente não vai ter um fogo cruzado", considerou Simões. Isso porque parte do partido, como o próprio Lacerda, defende a aliança com os tucanos. Outra parte defende a candidatura própria.

Nesta quinta, diante da repercussão negativa da nota, a Rede divulgou outro texto em tom conciliador: "A Rede reafirma sua prioridade na definição de candidaturas que reflitam seus valores e princípios e reforcem o projeto nacional da aliança com o PSB".

Com Agência Estado