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Estado de Minas

Dez deputados da Assembleia Legislativa de Minas não vão disputar reeleição

Na disputa por outros cargos ou mesmo fora das urnas, 10 deputados estaduais de Minas não concorrem à reeleição em 5 de outubro e deixam para trás sua atuação no Legislativo


postado em 27/01/2014 06:00 / atualizado em 27/01/2014 07:32

Bertha Maakaroun

Dos 65 deputados que concorreram à reeleição em 2010, 49 foram bem-sucedidos. Considerando o plenário com 77 cadeiras, a renovação na Casa foi de 36,36%(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Dos 65 deputados que concorreram à reeleição em 2010, 49 foram bem-sucedidos. Considerando o plenário com 77 cadeiras, a renovação na Casa foi de 36,36% (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Dez dos 77 deputados estaduais de Minas não concorrerão à reeleição. Sete deles porque disputarão nas eleições de 5 de outubro outros cargos eletivos, caso do presidente da Assembleia Legislativa, Dinis Pinheiro (PP), que será o candidato a vice na chapa do PSDB para a sucessão do governador Antonio Anastasia (PSDB). Dois deputados estaduais – Antônio Genaro (PSC) e Sebastião Costa (PPS) – planejam legar aos filhos as bases políticas. Diferente é a disposição de Jayro Lessa (DEM). Com um patrimônio declarado de R$ 40,06 milhões nas eleições de 2010 – parlamentar mais rico da Casa –, Lessa, que é empresário, cansou da vida política. E decidiu falar o que quer dela: “Um deputado pode fazer muito pouco. Em tudo depende do governador, do prefeito e tudo vira um toma lá dá cá. Sou muito independente para isso”.

As estatísticas de 2014 são parecidas com as de 2010. Naquelas eleições, 12 deputados estaduais não tentaram um novo mandato na Assembleia Legislativa, oito deles porque disputaram a Câmara dos Deputados. O então presidente da Casa Alberto Pinto Coelho (PP) foi o vice na chapa encabeçada por Anastasia. E os deputados Elmiro Nascimento (DEM) e Zezé Perrela (PDT) foram suplentes dos senadores eleitos Aécio Neves (PSDB) e Itamar Franco (PPS). Naquele pleito, dos 65 deputados que concorreram à reeleição, 49 foram bem-sucedidos. Considerando as 77 cadeiras, a renovação foi de 36,36%. O percentual de novos deputados foi mais baixo do que o registrado nas eleições anteriores. Em 2006, a renovação na Casa foi de 40,1%. Já em 2002, foram 36 novos eleitos, uma renovação de 46,75%.

Nas eleições de outubro, planejam concorrer para a Câmara dos Deputados os deputados estaduais Adelmo Carneiro Leão (PT), Rômulo Veneroso (PV), Tenente Lúcio (PSB), Luzia Ferreira (PPS), Carlos Mosconi (PSDB) e Gustavo Perrela (SDD). Cada um busca preencher um espaço político.

Com a eleição do ex-deputado federal Gilmar Machado (PT) para a Prefeitura de Uberlândia, Adelmo Carneiro Leão, que concentra a sua votação em Uberaba e região do Triângulo, articula para ter o apoio, além de Gilmar, de Paulo Piau (PMDB), prefeito de Uberaba, que contou com o respaldo do petista no segundo turno das eleições municipais em 2012. Na ocasião, Adelmo concorreu à Prefeitura de Uberaba. Com o apoio político em Betim, Rômulo Veneroso tenta ocupar a cadeira de deputado federal do prefeito eleito Carlaile Pedrosa (PSDB). Já Luzia Ferreira atende uma orientação da Executiva Nacional do PPS.

O PPS, que vê ano a ano minguar a sua bancada federal – elegeu 12 e tem oito parlamentares no momento – , faz um esforço para recuperar o espaço, que define não apenas o tempo de televisão de cada partido no horário eleitoral gratuito, como também a participação das siglas no Fundo Partidário. Só em Minas, dos três deputados federais eleitos pelo PPS, dois abandonaram a legenda no meio do caminho: Alexandre Silveira e Geraldo Thadeu rumaram para o PSD. Restou apenas Humberto Souto. Na Assembleia, o PPS também tem três deputados, mas a legenda joga as fichas para substituir Luzia Ferreira na candidatura do ex-secretário de Estado da Saúde Antônio Jorge de Souza Marques, que concorrerá a uma cadeira no Legislativo.

Sebastião Costa e Antônio Genaro não concorrem à reeleição porque passam o bastão aos filhos. Costa ainda decide, mas é muito provável que o seu filho, David Costa, que estuda direito, seja o nome da família. Já Antônio Genaro, de 70 anos, em seu sexto mandato, pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular, sacramentou e anunciou aos pares a decisão de não dividir os votos de seu rebanho: apenas seu filho, Leandro Genaro, concorrerá desta vez. Nas eleições de 2010, ambos disputaram para deputado estadual pelo PSC. Genaro pai foi eleito com 81.159 votos, mas o filho, que teve 51.151 votos, ficou na segunda suplência do PSC, que não se coligou naquele pleito. Desta vez, a aposta é de que os fiéis lhe deem a cobiçada cadeira.


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