Jornal Estado de Minas

Petistas apostam em desentendimentos entre Eduardo e Marina

Lideranças do PT avaliam que Eduardo dará um tiro no pé se as alianças com os tucanos em São Paulo e Minas Gerais não forem concretizadas

Diário de Pernambuco
A aliança PSB-Rede Sustentabilidade ainda vai passar por muitas discordâncias em relação à formação de palanques estaduais para as eleições deste ano, pelo menos é nisso que acreditam os petistas. Os desentendimentos entre o governador Eduardo Campos (PSB) e a ex-senadora Marina Silva (Rede), apesar de negados por ambos, são vistos com gosto pelo PT. Lideranças do PT avaliam que Eduardo dará um tiro no pé se as alianças com os tucanos em São Paulo e Minas Gerais não forem concretizadas, atendendo assim o desejo de Marina.
Durante a campanha, os petistas pretendem explorar supostas incoerências entre o discurso de Eduardo e a prática, como a aliança com a família Bornhausen, ex-PFL e ex-DEM, e a defesa de uma nova política. Aliados da presidente Dilma Rousseff também avaliam que Marina não terá este ano a mesma força que em 2010, porque se aliou a um político e a um partido tradicionais. Por enquanto, a estratégia de Dilma é não entrar pessoalmente no fogo cruzado da pré-campanha. Mas o Planalto tem cobrado do PT respostas a críticas ao governo feitas pelo socialista, segundo informações do jornal O Globo.

No início deste ano, Eduardo Campos disse que quem apostar no desentendimento dele com Marina Silva, que deve ser anunciada como vice na chapa ainda neste mês, vai perder. “Quem está torcendo para dar errado aposte barato porque, se apostar caro, vai perder muito”, afirmou. O socialista ressaltou que ainda não existe nenhuma definição sobre a política de alianças nos estados.

Nas contas do governador, que também é presidente nacional do PSB, as duas legendas estão em sintonia sobre as candidaturas em cerca de 20 estados.