As articulações dos partidos aliados em busca de espaço na chapa eleitoral deste ano do PSDB de Minas não acontece mais apenas nos bastidores. Lideranças das agremiações de médio porte que apoiam o governo do tucano Antônio Anastasia - PPS, PDT, DEM, PTB e PV –, se reuniram nesta terça-feira, na sede do PPS, para definir a estratégia para alcançarem mais espaço na chapa governista.
Não houve nada conclusivo na primeira reunião. Apenas o acordo para uma agenda semanal de encontros, previstos para acontecerem a partir de agora até a oficialização das chapas majoritárias (governador, vice-governador e senador) e proporcionais (deputados estaduais e federais), que serão oficializadas durante convenções partidárias previstas para o meio do ano.
Mais espaço
As lideranças dos cinco partidos da base de apoio do governo de Minas querem indicar nomes para suplência na chapa do governador Antonio Anastasia, na disputa pelo Senado. Na primeira semana de janeiro, o presidente nacional do PSDB e senador Aécio Neves, pré-candidato à Presidência da República, confirmou que Anastasia deixará o cargo para disputar uma cadeira no Senado.
Aécio também já informou que antes de março será anunciada a chapa majoritária. O ex-ministro Pimenta da Veiga (PSDB) é o nome mais cotado para assumir a cabeça de chapa. O presidente da Assembleia de Minas, Diniz Pinheiro, que até outubro do ano passado era filiado ao PSDB, hoje no PP, é o mais lembrado nas hostes tucanas para ser o vice de Pimenta.
Diante desse quadro, as lideranças concordam que restaria para negociar a vaga de suplente ao Senado e, de forma remota, a candidatura a vice-governador. Mas o que mais interessa às lideranças desses partidos é a coligação para as eleições de deputados – estar coligado a uma chapa majoritária, dentro das regras atuais da legislação, significa mais chances de eleger maior número de parlamentares.
PSB de fora
O fórum de debates começou desfalcado. O PSB ficou de fora, sem a presença do presidente da legenda, deputado Júlio Delgado. Aos colegas, ele justificou a ausência em função da necessidade de ficar em sua base eleitoral, Juiz de Fora, na Zona da Mata, após assassinato, nessa segunda-feira, do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Vandir Domingos da Silva. Soma-se a insistência de partidários da Rede no Estado de lançarem candidatura própria ao governo de Minas. A Rede é um projeto de partido não viabilizado na Justiça Eleitoral em tempo hábil pela ex-senadora Marina Silva e seus apoiadores, que acabaram migrando para o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, também presidenciável e presidente nacional da legenda.