Neste fim de semana, causou polêmica a parada feita pela presidente Dilma Rousseff, em Lisboa, no sábado, 25, pelo fato de ela ter escondido iria pernoitar naquele País. O jornal O Estado de S. Paulo, no entanto, descobriu que a escala estava acertada pelo menos desde a quinta-feira, dia 23, dois dias antes da viagem, quando o governo brasileiro procurou o governo português e a embaixada brasileira procurou o restaurante Eleven para fazer a reserva para a noite de sábado. A equipe ficou hospedada nos luxuosos hotéis Ritz e Tivolli, de Lisboa. A parada em Portugal só entrou na agenda oficial de Dilma no domingo, às 13h50, hora de Brasília, quando a presidente já havia decolado de Lisboa.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comprou o Aerolula, reclamava muito da performance do avião. Quando a aeronave foi comprado, no entanto, uma das justificativas era que o aparelho fazia voos transcontinentais e podia voar de Brasília a Paris sem escala. "Acho que o Brasil precisa de um avião com mais autonomia para o presidente", disse Lula pouco antes de deixar o governo.
O estudo realizado pela FAB em 2010 previa duas opções de compra: um boeing 767 e um Airbus 330. Os dois modelos têm autonomia da ordem de 12 mil quilômetros, bem mais dos os oito mil quilômetros permitidos pelo Aerolula. No entanto, em se tratando de voos presidenciais, há necessidade de redobrar a segurança, o que reduz a margem da autonomia do avião. Um avião deste porte não custa menos de US$ 300 milhões, mais de cinco vezes o preço pago pelo Airbus A-319 usado atualmente por Dilma. Aviões presidenciais custam mais caros que modelos tradicionais porque sofrem adaptações. O Airbus 319 que serve a Dilma custou US$ 56 milhões, possui uma suite com cama e chuveiro, além de sala de reuniões da presidente Dilma e carrega cerca de 30 passageiros e 12 tripulantes.