A presidente Dilma Rousseff oficializou na tarde desta quinta-feira a primeira rodada da reforma ministerial. Em nota, a secretaria de Comunicação Social da Presidência confirmou que Aloizio Mercadante deixa o ministério da Educação e assume a Casa Civil no lugar de Gleisi Hoffmann. A ministra deixa o governo para disputar o governo do estado do Paraná. Quem também deixa a administração federal para concorrer nas eleições de outubro é o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. No lugar dele, assumirá a pasta o ex-secretário de Saúde de São Bernardo do Campo, Arthur Chioro.
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A disputa pelo ministério foi acirrada. O atual ministro, Alexandre Padilha, que sai para concorrer ao governo de São Paulo pelo PT, batalhou para fazer do sucessor o secretário de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, Mozart Salles, que comandou o programa Mais Médicos. Outro que chegou a ser cogitado foi o secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães.
A principal jogada dessa reforma é a indicação de Mercadante para o lugar da ministra Gleisi Hoffmann. A senadora licenciada disse, no fim de dezembro, que pediu para deixar o cargo ainda em janeiro a fim de amadurecer a ideia de se candidatar ao governo do Paraná pelo PT. Para o papel-chave no governo e, em ano eleitoral, também foi cogitado o secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas. Mercadante, mesmo à frente da Educação, já atuava nos bastidores como articulador político da presidente.
Com a saída dele da Educação, o número dois da pasta assumirá as rédeas do ministério. Paim é secretário executivo do MEC desde 2006. Antes de assumir a o cargo, ele foi, por dois anos, presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
A intenção da presidente é terminar a reforma até o carnaval, no início de março. Na lista das mudanças ainda estão as pastas da Integração Nacional, das Cidades, do Turismo, do Desenvolvimento, de Relações Institucionais, do Desenvolvimento Agrário e a Secretaria dos Portos.
Com informações de Grasielle Castro