Jornal Estado de Minas

Com sorvete, pizza e carne de primeira, edital para lanche causa polêmica em Minas

Os itens foram listados para serem fornecidos aos vereadores de Carmo da Mata, no Centro-Oeste do estado. Após repercussão negativa o processo foi anulado

Marcelo Ernesto - Enviado especial a Curitiba
Um edital para contratar empresa para fornecer lanche e material de limpeza para a Câmara Municipal de Carmo da Mata, na Região Centro-Oeste de Minas, tem causado polêmica entre os moradores da cidade. O que chamou a atenção são alguns dos produtos que estão listados para compor o lanche dos vereadores. A convocação feita no modelo “menor preço” pedia que fossem fornecidos, entre outras coisas, Pizza pequena e tamanho “GG”, sorvete e carne de primeira assada. Ao todo, o edital é composto por 96 itens. A repercussão negativa fez com que o presidente da Casa, Leonardo Rodrigues de Almeida (PT) - conhecido como Ti-Léo -, publicasse uma nota no site da Câmara e anulasse o edital para a compra dos produtos.
Além da nota publica, de acordo com assessoria da Câmara, Ti-Léo convocou todos os vereadores para uma entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, onde os parlamentares pretendem se explicar. No documento, o presidente do Legislativo municipal afirma que sentiu necessidade de esclarecer alguns pontos pertinentes e que merecem mais transparência. “O Edital de Licitação Nº. 01/2014 em momento algum chegou ao conhecimento dos vereadores integrantes da Comissão Permanente de Licitação, bem como da Mesa Diretora e dos demais Edis, maculando-o de forma irremediável, sendo, portanto, inexistente”, afirmou na nota.

Ainda de acordo com o petista, a lista com os produtos foi confeccionada por quatro funcionários da Câmara sem o conhecimento dos integrantes da comissão de Licitação e da Mesa Diretora. “Todos os vereadores do Legislativo Carmense ficaram perplexos e sem saber o por quê de uma lista composta por tantos itens e sem ao menos de ter sido levada ao conhecimento dos mesmos para que houvesse tal aprovação”.

Questionada, a assessoria da Câmara Municipal não soube dizer se os quatro funcionários sofreriam alguma punição relacionada ao caso. Ainda conforme a assessoria, mais esclarecimento serão dados na coletiva de imprensa agendada para amanhã.