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Dilma confirma reforma com troca em três ministérios Dilma discute reforma ministerial com MercadanteMercadante sai desgastado, mas deixa marcas fortesUm contrato anterior, no valor de R$ 532,2 mil, havia sido firmado em 2004, mas a ONG não prestou contas dele no prazo legal. Além disso, professores que trabalhavam para a CNDS denunciaram que não estavam sendo pagos pelas aulas que davam. O fato levou o Ministério Público a recomendar ao Fundo que não assinasse novos contratos com a ONG.
A recomendação, no entanto, não foi seguida e o Fundo assinou outro contrato com a CNDS no ano seguinte. Pouco tempo depois, a ONG fechou as portas e seus dirigentes desapareceram, retardando o trabalho da Justiça, que tenta notificá-los para prestarem depoimento. Por isso, Paim segue como réu em um processo que corre há quase oito anos. Conhecido como “o homem que controla a máquina” no ministério, Paim é gaúcho de Porto Alegre e estava filiado ao PSDB até o início dos anos 90. Ele presidiu o FNDE de 26 de janeiro de 2004 a 29 de março de 2006.
Involuntário
Em 2009, o Tribunal de Contas da União acolheu as alegações de Paim de que ele foi “induzido a erro” quando assinou o convênio. A defesa do futuro ministro da Educação destaca que no convênio “constavam, de forma explícita, declarações de regularidade emanadas dos diversos setores envolvidos no trâmite”.
Segundo o MEC, a defesa de José Henrique Paim “fundou-se nas mesmas razões apresentadas ao TCU e que foram integralmente acatadas pelo tribunal”. Assim, o ministério aguarda no momento “a prolação de sentença” que eximirá o ex-presidente do FNDE de “qualquer responsabilidade”.