O ex-prefeito de Itaúna, Eugênio Pinto, e a ex-primeira dama e chefe de gabinete, Iris Leila Rodrigues, foram condenados por abuso de poder político e econômico e, por isso, estão inelegíveis pelos próximos oito anos. A denúncia foi feita pelo Ministério Público Eleitoral e confirmada pelo TRE-MG.

De acordo a denúncia, em 2012, Eugênio e Iris promoveram a campanha dela para o cargo de vereadora usando dinheiro público e a estrutura da prefeitura. O então prefeito foi condenado já que a ordem para o uso da verba partiu dele, e a ex-chefe de gabinete e primeira-dama foi condenada por ter sido a beneficiária da ação. Segundo o MPE, Iris foi autopromovida em publçicidade institucional e em eventos realizados pela administração municipal, como Carnaval, a Semana da Mulher e a Semana das Mães.

“Esses eventos tinham forte apelo feminino e nítido caráter eleitoreiro, especialmente pelas cores e dizeres utilizados, os quais, inclusive, coincidiam com aqueles utilizados pela candidata em sua campanha, sinalizando evidente uso da máquina eleitoral. Até os convites para os eventos eram feitos em nome da chefe de gabinete”, explica o promotor de Justiça de Itaúna Fábio Galindo Silvestre.

As investigações começaram em 2012, a partir de uma parceria firmada entre as Promotorias de Justiça Criminal, Eleitoral e de Defesa do Patrimônio Público, e articulada com as Polícias Civil e Militar e com a Receita Estadual. Iris Leila e o então secretário de Administração de Itaúna chegaram a ser presos por atrapalharem o andamento das investigações de corrupção.