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Estado de Minas

Eduardo Campos e Marina Silva começam a definir coligações nos estados

Com o lançamento hoje de um programa de governo comum por Eduardo Campos e Marina, socialistas querem discutir com líderes nacionais a melhor opção para o partido em Minas


postado em 04/02/2014 06:00 / atualizado em 04/02/2014 07:41

Marina e Campos lançam o programa em Brasília: acordo com tucanos em Minas na pauta do encontro (foto: Antônio Cunha/Esp. CB/D.A Press - 15/12/13)
Marina e Campos lançam o programa em Brasília: acordo com tucanos em Minas na pauta do encontro (foto: Antônio Cunha/Esp. CB/D.A Press - 15/12/13)

A posição do PSB no xadrez eleitoral em Minas Gerais estará na pauta do pré-candidato a presidente Eduardo Campos (PSB) e de sua provável vice na chapa, a ex-senadora Marina Silva, hoje, quando os dois lançam em Brasília as diretrizes de um programa do governo comum PSB/Rede. Aproveitando o espaço, a comitiva de socialistas mineiros pretende discutir com os principais interessados qual será a melhor opção no estado que sirva a um acordo nacional de não agressão firmado entre Campos e o pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, senador Aécio Neves. Será o primeiro encontro depois da indisposição criada com uma nota emitida por parte da Rede em Minas, em defesa do rompimento com os tucanos.

O PSB mineiro oferece ao partido nacionalmente duas opções. Candidatura própria, desde que sirva aos interesses do partido e não fira o acordo de união entre Aécio e Eduardo Campos em um eventual segundo turno, ou a participação do partido em uma coligação de legendas aliadas ao governador Antonio Anastasia (PSDB) para ampliar a bancada socialista na Assembleia e na Câmara dos Deputados. Neste segundo caso, caberia aos parlamentares darem palanque às visitas de Eduardo Campos ao segundo maior colégio eleitoral do país.

Para o presidente do PSB mineiro, deputado federal Júlio Delgado, certa é apenas uma premissa, a de que o partido não pode errar na tática em Minas. “Já estive com Eduardo semana passada, antes do nascimento do filho dele, e nossa análise é de que temos de ter uma tratativa diferenciada em Minas, contanto que é o estado do senador Aécio. Precisamos avaliar como será a reciprocidade da aliança fechada em Pernambuco (onde o PSDB decidiu apoiar o nome indicado por Campos)”, afirmou.

Delgado levou a Campos um novo cenário, no qual o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, praticamente se retira das opções para concorrer ao governo em Minas. Com isso, são avaliados quatro nomes: o próprio Delgado, a secretária de Educação, Ana Lúcia Gazzola, o presidente do Atlético, Alexandre Kalil, e agora o ex-embaixador do Brasil em Cuba Tilden Santiago. “Temos que avaliar se seria importante ter uma outra candidatura dentro do nosso campo até para forçar um segundo turno. Neste caso, seriam nomes não tão agressivos, para manter essa trégua de responsabilidade nos estados que têm os candidatos a presidente (Pernambuco e Minas)”, avalia Delgado.

Todos os quatro nomes colocados se encaixam no perfil. Kalil já demonstrou ter proximidade com Aécio, assim como Ana Lúcia, que chegou a ser cotada como candidata à prefeitura com o apoio do PSDB em 2008, quando chegou-se ao nome de Lacerda. Delgado também é aliado de primeira hora dos tucanos mineiros, assim como Tilden, que depois de militar por 28 anos no PT, migrou para o PSB e ganhou a vaga de segundo suplente de Aécio no Senado.

No cenário de candidatura própria, o PSB conta com a possibilidade de se tornar um plano B de Aécio no estado. Com um adversário ao campo considerado forte, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), há ainda algum temor interno de que a candidatura do ex-ministro Pimenta da Veiga, afastado 20 anos da política no estado, não emplaque ou não seja suficiente para derrotar o PT.

CHAPINHA Sem espaço para pleitear cargos na chapa majoritária do PSDB, que já está com os nomes principais definidos, o PSB trabalha agora com a hipótese de agregar votos na disputa por vagas no Legislativo. A chapa do PSDB tem Pimenta da Veiga como candidato ao governo, o presidente da Assembleia, deputado Dinis Pinheiro (PP), como vice, e o governador Anastasia para o Senado.

O PSB chegou a pleitear uma indicação para o Senado mas, internamente, os tucanos entendem ser importante a presença de Anastasia na chapa já que Aécio estará mais dedicado ao projeto de eleição nacional. “Tem que ver se sobra para nós uma boa coligação proporcional a ponto de garantir um palanque para o Eduardo. Podemos formar uma chapinha com partidos que também estão no projeto do Eduardo e do Aécio, levando nomes do PPS, PDT e PTB, por exemplo, que teriam substância para isso”, afirmou Júlio Delgado.


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