Leia Mais
Lacerda diz que 'seria uma pena" deixar a PBH para disputar o governo de MinasLíderes do PSB tentam de novo convencer Lacerda a disputar governo de MinasEm BH, Dilma elogia Márcio Lacerda, que é do partido do hoje adversário Eduardo CamposLacerda muda o discurso e admite disputar o governo de MinasAliados de Lacerda fazem pressão final para prefeito disputar o governo de MinasMarcio Lacerda anuncia nesta segunda-feira se vai disputar governo de Minas
Apesar de não terem fechado acordo em torno de nome único, não há indícios de que PSB e PSDB travarão batalha um contra o outro na eleição para o Palácio da Liberdade. Mesmo com nomes próprios para o governo de Minas e para o Palácio do Planalto – pelo lado dos tucanos o candidato deverá ser o senador Aécio Neves –, os dois partidos mantêm alianças no governo de Pernambuco e de Minas Gerais, onde o filho do prefeito é secretário extraordinário da Copa do Mundo. Na reunião de ontem do PSB, a avaliação era que o lançamento das duas candidaturas poderia ajudar um ou outro em caso de segundo turno com o possível candidato petista, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.
A decisão de lançar candidato próprio em Minas se apoia na importância de ter um palanque para Eduardo Campos no estado. Na hipótese de Marcio Lacerda se negar a entrar na disputa, o partido teria como alternativa o presidente da legenda em Minas, o deputado federal Júlio Delgado, ou a secretária de Estado de Educação, Maria Lúcia Gazzola. Outro possível candidato seria o presidente do Atlético, Alexandre Kalil, muito próximo aos tucanos. Existe ainda a possibilidade de que o escolhido seja o embaixador do Brasil em Cuba durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Tilden Santiago, ex-petista, que hoje é o segundo suplente de Aécio Neves no Senado.
Na hipótese de o partido optar por um desses nomes, que têm menor potencial de voto que Marcio Lacerda, estará configurada a intenção do PSB de ter um candidato exclusivamente para viabilizar palanque para Eduardo Campos em Minas, já que o prefeito dificilmente abriria mão de quase três anos de mandato para não brigar para valer pelo Palácio da Liberdade. Em entrevista na segunda-feira, Júlio Delgado deixou claro o dilema do partido. “Temos que avaliar se seria importante ter uma outra candidatura dentro do nosso campo até para forçar um segundo turno. Neste caso, seriam nomes não tão agressivos, para manter essa trégua de responsabilidade nos estados que têm os candidatos a presidente (Pernambuco e Minas)”, avaliou o parlamentar.
Padrinhos
Fernando Pimentel e Aécio Neves foram os principais cabos eleitorais de Marcio Lacerda na disputa pelo primeiro mandato do prefeito, em 2008. PT e PSDB participaram do governo. Na briga pelo segundo mandato, no entanto, o PT lançou candidato próprio, o ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Patrus Ananias, que acabou derrotado. O PSDB permaneceu no governo. Porém, Lacerda chegou a vetar indicações feitas por Aécio Neves para cargos na prefeitura, o que estremeceu as relações do prefeito com os tucanos. Entre os postos de primeiro escalão do governo municipal, o PSDB tem hoje o comando da BHTrans, a empresa de transporte público da cidade, e da Secretaria de Desenvolvimento.
Diretrizes do PSB para o Planalto
Como era esperado nos bastidores políticos, o lançamento das diretrizes do programa de governo da dupla Eduardo Campos-Marina Silva se transformou ontem em um palco de ataques ao governo de Dilma Rousseff, que foi classificado como "mofado" e "fora dos trilhos”. No evento, realizado em auditório da Câmara dos Deputados, Campos e Marina lançaram cinco prioridades para sua eventual gestão. Em sua fala, Mariana frisou que o cabeça de chapa da coligação é Campos. Ela foi tratada como vice, embora diga que ainda não definiu isso. Participaram da solenidade os principais dirigentes do PSB, de Campos, e da Rede, o grupo político de Marina, unidos desde outubro, após a ex-senadora ver fracassado seu projeto de criar um partido. A dupla lançou cinco diretrizes, centradas na desburocratização, reforma política e novo federalismo; economia para o desenvolvimento sustentável; qualificação da educação, políticas sociais e qualidade de vida; e novo urbanismo e pacto pela vida.