Brasília - O fato de a ex-senadora Marina Silva ser evangélica parece ter pesado para a prévia do programa de governo do PSB/Rede não ter contemplado a proposta de pôr fim às isenções fiscais e tributárias para igrejas e outras instituições religiosas. A conclusão tem respaldo na plataforma digital criada por Marina e Eduardo Campos (PSB) para formatar o documento com as diretrizes programáticas da dupla, pré-candidatos à presidente e vice-, respectivamente.
No site da dobradinha PSB/Rede, a proposta para o fim das isenções fiscais e tributárias para os templos religiosos foi a que mais recebeu votos favoráveis. Foram 233 internautas que visitaram a página “Mudando o Brasil” e apoiaram a ideia.
Constrangimento
Aliados da ex-ministra Marina Silva, que pertence à Assembleia de Deus, dizem que não há constrangimento em debater o assunto. Alegam, porém, que a proposta é muito específica e será tema de discussão na próxima fase da elaboração do programa de governo.
Segundo Bazileu Margarido, um dos responsáveis por organizar o documento, o tema foi englobado numa proposta mais ampla, que é a defesa da reforma tributária. De acordo com o texto, essa “reforma terá como diretrizes, além da descentralização de recursos, a simplificação do sistema, a justiça tributária e a promoção do desenvolvimento sustentável”. (com Agência Estado)