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Estado de Minas

Polícia italiana confirma que Pizzolato utilizou passaporte falso para entrar no país

O ex-diretor do Banco do Brasil teria utilizado o passaporte de um irmão, morto em um acidente, para entrar na Europa. Ele foi encontrado e preso na manhã desta quarta-feira, com 15 mil euros em dinheiro e mais US$ 2 mil.


postado em 05/02/2014 15:49 / atualizado em 05/02/2014 16:06

O site da Interpol divulgou foto do passaporte falsificado(foto: Reprodução/Interpol)
O site da Interpol divulgou foto do passaporte falsificado (foto: Reprodução/Interpol)

A polícia italiana confirmou na tarde desta quarta-feira que Henrique Pizzolato utilizou o passaporte de um irmão para entrar na Europa. "Era um documento com o nome de um irmão que morreu em um acidente", afirmou o coronel Carlo Carrozzo, do departamento operacional de Modena, província onde Pizzolato foi encontrado.

Pizzolato foi preso nesta manhã, na cidade de Maranello na Itália, onde vivia escondido na casa de um sobrinho que trabalhava na Ferrari. A informação foi passada ao grupo Estado pela polícia da cidade, que o transferiu para Modena, onde o brasileiro está preso. Pizzolato, condenado por envolvimento no mensalão, foi encontrado com 15 mil euros em dinheiro e mais US$ 2 mil. Ele estava acompanhado de sua mulher.

Segundo a Polícia de Maranello, há dois dias existia a pista de que Pizzolato estaria na casa de seu sobrinho, Fernando Paulo, filho da irmã do ex-diretor. Nesta quarta, às 11 horas (8 horas, segundo horário de Brasília), a polícia viu que uma das janelas da casa foi aberta e que uma mulher que parecia ser a esposa de Pizzolato apareceu na janela.

Segundos depois, a polícia invadiu a casa e prendeu Pizzolato, que estava com um documento italiano e passaporte falsos. Ele passará a noite na cadeia de Modena, para onde foi transferido. A esposa dele não está presa e não há qualquer intenção da polícia italiana de mantê-la em custódia.

De acordo com Carrozzo, o ex-diretor será encaminhado a Modena, capital da província e, em seguida, a Roma para aguardar uma decisão conjunta da Itália e do Brasil sobre seu destino. "Ele vai esperar um acordo entre o governo brasileiro e o italiano, mas não é competência nossa. O nosso dever era só prendê-lo", disse.

Pizzolato foi condenado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato e cumprirá a pena em regime fechado.


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