Após agradecer a acolhida dos colegas em seu retorno ao Legislativo, Gleisi voltou a classificar como oportunismo a afirmação de Campos de que o País está "fora do trilho". "Grande parte do sucesso do governador de Pernambuco baseia-se nos aportes e no apoio financeiro que a União deu àquele Estado, por isso é injustificável que o Estado de Pernambuco, sendo dos que mais receberam recursos da União, esteja hoje na frente entre os déficits estruturantes, o déficit primário, entre todos os Estados brasileiros", acrescentou.
Sobre as alfinetadas do governador acerca da construção de alianças implementada por Dilma e pelo PT para a campanha à reeleição, Gleisi rebateu: "Até porque o próprio governador faz uso dessas articulações políticas para tentar viabilizar sua candidatura". A senadora citou que em seu Estado, Paraná, o PSB tem alianças com o PSDB e com o DEM; no Espírito Santo, acrescentou Gleisi, é coligado ao PT. "Qual a nova política que se está praticando?", questionou.
A ex-ministra atribuiu, ainda, o sucesso político de Campos ao apoio e prestígio de Lula e Dilma. "Não foram poucas as vezes que o presidente Lula o chamou de filho, e não foram poucas as vezes, muitas, em que o presidente Lula o apoiou em diversas caminhadas, inclusive tendo ele como partícipe de nosso governo", concluiu.
Quase imediatamente após a manifestação de Gleisi, a equipe do governador de Pernambuco entrou em campo para defendê-lo. O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), principal nome de Campos no Congresso, disse que o País está vivendo, com Dilma, uma gestão pior do que vivenciou à época do ex-presidente Lula. "Não podemos concordar com um governo que exibe números vergonhosos", afirmou o senador em plenário.