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O endereço do ex-diretor do BB foi descoberto a partir de pistas deixadas pelo fugitivo. Ao passar pelo aeroporto de Ezeiza, a 22 km de Buenos Aires, a caminho da Europa, mostrou o passaporte do irmão - a foto do documento foi trocada.
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PF investiga participação de mulher de Pizzolato em fuga Digital falsa levou a Polícia Federal até Henrique PizzolatoProcuradoria Geral da República inicia processo para pedir extradição de PizzolatoForagido da Justiça brasileira, Henrique Pizzolato é preso na ItáliaApós Pizzolato, Mello vê 'falha' em cadastramento do TSEBrasil tem até março para pedir extradição de PizzolatoPolícia admite possibilidade de extradição de PizzolatoHenrique Pizzolato pode pegar três anos de prisão por falsidade ideológicaEx-diretor do BB é "italiano preso na Itália", diz país europeuOutra ajuda foi o fato de a polícia argentina exigir dos passageiros de voos internacionais o registro das digitais, além da fotografia. Daí foi possível saber que se tratava do foragido.
A polícia descobriu, ainda, que Pizzolato havia falsificado o documento do irmão em 2008. Naquele ano ele fez um passaporte brasileiro falso em nome de Celso e, em 2010, emitiu um passaporte italiano da mesma forma.
A polícia brasileira não sabe como Pizzolato chegou à Argentina, se viajou de carro ou em avião particular. Mas rastreou seus passos até lá. Ele saiu do Brasil pelo município de Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina, no dia 11 de setembro do ano passado, entrou na Argentina pela cidade de Bernardo de Irigoyen, foi de lá para Buenos Aires, onde embarcou para Barcelona no dia seguinte, às 19h08.
Segundo a Polícia Federal, a mulher de Pizzolato comprou a passagem para a cidade espanhola. No mesmo dia, o casal foi para Maranello, na Itália. A PF não informou de que forma viajaram.
Outro erro de Pizzolato que ajudou a PF a capturá-lo foi o emplacamento de um carro em nome da mulher dele, um Fiat Punto, na cidade de Málaga, na Espanha. A polícia espanhola comunicou o Brasil e a Itália sobre o veículo. Durante as investigações, a polícia italiana descobriu o carro estacionado em frente à casa onde Pizzolato estava foragido. A polícia brasileira procurou ajuda na Espanha ao descobrir que, em 2010, ele conseguiu o registro de morador permanente naquele país.
A polícia italiana informou que a prisão foi feita devido ao pedido de extradição do Brasil e não pelo uso de documentos falsos. A partir de agora, como Pizzolato é cidadão italiano, a Justiça daquele país é quem decidirá o que irá ocorrer.