Leia Mais
Digital falsa levou a Polícia Federal até Henrique PizzolatoProcuradoria Geral da República inicia processo para pedir extradição de PizzolatoPolícia italiana confirma que Pizzolato utilizou passaporte falso para entrar no paísCondenado no mensalão, Pizzolato planejava fuga do país há oito anosFuga de Pizzolato é vergonha para PT, diz líder do partido na CâmaraBrasil tem até março para pedir extradição de PizzolatoPolícia admite possibilidade de extradição de PizzolatoHenrique Pizzolato pode pegar três anos de prisão por falsidade ideológicaEx-diretor do BB é "italiano preso na Itália", diz país europeuNa abordagem, Pizzolato insistiu na identidade falsaGrando trabalha na empresa há nove anos e desenvolve motores para os carros da Fórmula 1. Outros parentes de Pizzolato também foram investigados pela PF durante as buscas por seu paradeiro.
Cinco meses de investigação
Toda a investigação que resultou na prisão de Henrique Pizzolato na Itália foi iniciada pela Polícia Federal logo depois da fuga, em setembro. A partir da confirmação de que o ex-diretor do BB lançou mão de documentos falsos, os federais apuraram que o passaporte em nome do seu irmão Celso Pizzolato, que morreu em Santa Catarina, foi feito ainda em 2008 e, dois anos depois, providenciou a emissão do mesmo documento, desta vez, com a cidadania italiana. “Não havia nenhum registro de entrada de Henrique Pizzolato em nenhum lugar do mundo. Faltava essa peça para fechar o quebra-cabeça”, explicou o delegado Luiz Cravo Dórea, coordenador-geral de Cooperação Internacional da PF.
De acordo com a PF, o petista deixou o país por Santa Catarina, a partir de Dionísio Cerqueira, cidade fronteiriça com a Argentina. Foram 1,3 mil quilômetros percorridos até chegar a Buenos Aires, capital argentina, em 11 de setembro. De lá, Pizzolato embarcou em um voo para Barcelona, na Espanha, de onde partiu para a Itália.
A PF, no entanto, não sabe esclarecer se esse trajeto foi feito por terra ou pelo ar. Para confirmar a identidade do foragido, a PF cruzou registros da entrada e saída do petista da Argentina, onde foi feita coleta das digitais no aeroporto, com as digitais da carteira de identidade original e a falsa. A análise confirmou que se tratava da mesma pessoa.
Com informações de Maria Clara Prates, do Jornal Estado de Minas