The Economist
que chega às bancas neste fim de semana publica reportagem em que afirma que a inflação parece como grande ameaça à campanha eleitoral de Dilma Rousseff. Com o título "Saia-justa de Dilma", a reportagem afirma que ela "deixou pouco espaço de manobra econômica para um período de difícil campanha eleitoral para a reeleição".
A reportagem destaca, especialmente, o quadro econômico em meio ao aumento da aversão ao risco internacional. A análise lembra que o real já perdeu 17% do valor desde o momento em que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) sinalizou o início da retirada dos estímulos. "Uma moeda mais fraca é o que o Brasil precisa para equilibrar suas contas externas e fazer com que suas fábricas prosperem. Mas isso também gera o risco de aumento da inflação e a constante subida de preços foi um dos fatores (com a baixa qualidade dos serviços públicos) que geraram os protestos populares e abalaram o governo Dilma Rousseff no ano passado", diz a revista.
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The Economist
nota que, além da depreciação recente do real, há outras dificuldades no radar que pioram ainda mais as perspectivas da inflação. "E se a mistura dos eventos externos com a criatividade fiscal-doméstica (e até mesmo um possível rebaixamento pelas agências de classificação de risco) gerar um declínio ainda maior do real?", questiona a publicação. Para reagir a esse quadro, diz o texto, a resposta teria de vir com mais aumento de juro, o que sufocaria ainda mais a atividade em pleno ano de eleições, diz a revista.