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Brasil tem até março para pedir extradição de PizzolatoPolícia admite possibilidade de extradição de PizzolatoHenrique Pizzolato pode pegar três anos de prisão por falsidade ideológicaNa abordagem, Pizzolato insistiu na identidade falsaDigital falsa levou a Polícia Federal até Henrique PizzolatoForagido da Justiça brasileira, Henrique Pizzolato é preso na ItáliaPena italiana para Pizzolato é mais branda que a brasileiraAdvogado de Pizzolato vai pedir prisão domiciliar e bracelete eletrônico"Todos estamos surpresos no que revelado pela grande imprensa. Isso só revela que o sistema precisa ser aprimorado. Daí a identificação datiloscopia, da biometria, para ter certeza que aquele apresenta o título é realmente o detentor do título", afirmou.
Marco Aurélio, também integrante do Supremo, disse que há espaço para trazer Pizzolato de volta da Itália para cumprir pena pelos crimes do processo do mensalão. Segundo o ministro, a Constituição daquele país, ao contrário da brasileira, permite a extradição de cidadãos nacionais quando há tratado bilateral - como é o caso Brasil-Itália. Ele observou que é preciso a concordância do governo requerido, o italiano.
O ministro afirmou que também há a possibilidade do ex-diretor do BB cumprir pena do mensalão na Itália. Seria preciso que o governo brasileiro, contou o ministro, encaminhasse à Itália as peças para o procedimento penal.
"Há chance de ele retornar ao Brasil para cumprir a pena imposta. De qualquer forma, pelo tratado é possível a Justiça brasileira encaminhar os dados do processo para que ocorra a execução da pena na Itália", avaliou.
O ministro do TSE e do STF não acredita que o fato de o governo brasileiro não ter extraditado para a Itália o ex-ativista Cesare Battisti atrapalhe o eventual retorno de Pizzolato ao país. Segundo ele, o problema no caso de Battisti, condenado na Itália por quatro assassinatos, foi diverso. O Supremo aceitou a extradição, mas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recusou-se a entregá-lo.
"Agora surge a conveniência do governo italiano em proceder a entrega do nacional italiano. É uma definição do governo estrangeiro. Agora, a reciprocidade é a tônica no relacionamento internacional", disse. Marco Aurélio rechaçou as insinuações de que teria havido perseguição política no julgamento do mensalão. Segundo ele, em plena democracia, é "impensável ter-se julgamento político".