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O dono do supermercado que fica em frente à casa, o italiano Gaetano T.A, contradisse a polícia ao afirmar que Pizzolato era seu cliente há pelo menos três meses. “Ele vinha quase todo dia fazer compras. “Ele quase não falava. Comprava pasta, lasanha. Pagava com dinheiro vivo.” Gaetano disse que só soube que Pizzolato era brasileiro quando saiu a notícia no jornal local. Quando soube que o ex-diretor de marketing do BB era procurado no Brasil por um escândalo de corrupção, o dono do supermercado brincou: “Só roubou? Ah, então fez bem…. não roubou a Itália, não é?”.
TESTAMENTO O ex-presidente do BB está agora numa cela com duas pessoas na penitenciária de Modena. Andrea Haas, sua mulher, que estava com ele no momento da prisão, não é suspeita de crime de Itália porque tinha seus documentos em ordem. Fernando Grando não responderá judicialmente porque a lei italiana veda a imputação de alguém que agiu para proteger um parente direto.
Em 24 de abril de 2009, Pizzolato fez um testamento público com um pedido para praticamente manter sua morte em segredo. Nele, diz para não se realizar “velório, homenagens nem missa de sétimo dia”. Pede ainda que não seja feita “nenhuma divulgação da sua morte, comunicado ou anúncio de seu falecimento”. No testamento, lavrado no 19º Ofício de Notas do Rio de Janeiro, Pizzolato deixa para a mulher a totalidade de seus bens, respeitada a parte legal que cabe ao seu pai, hoje com 85 anos. Ela ficará também com a pensão da suas aposentadorias, que somam em torno de R$ 20 mil. (Com agências)