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Ex-prefeito é acusado de contrabandear cigarros no Norte de MinasNo Espírito Santo, prefeito é acusado de fraudar merendaEx-prefeito de Pirapora sofre nova derrota na Justiça e agora está inelegívelProjeto que torna abuso sexual de crianças e adolescentes crime hediondo é aprovado no SenadoPrefeito no Amazonas acusado de pedofilia deve se entregar neste sábadoA reportagem não conseguiu contato com Pinheiro ou com seus assessores. No último dia 21, o prefeito informou, em nota, que as denúncias contra ele são mentirosas e que as mulheres que confirmaram a denúncia (vítimas, parentes da vítimas e moradoras) são parentes de um político que lhe faz oposição. Pinheiro, que está em seu terceiro mandado, garante nunca ter mantido qualquer tipo de relacionamento com as mulheres e sugere que as denúncias sejam uma maneira de prejudicá-lo às vésperas dele ser julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O prefeito é réu em pelo menos 70 processos que tramitam na Justiça do Amazonas. Apesar da gravidade de algumas das acusações, os processos estão parados à espera de julgamento, suscitando a hipótese dele estar sendo beneficiado por juízes. Em 2006, a Polícia Federal passou a investigá-lo devido a indícios de desvio de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). As denúncias de pedofilia começaram a aparecer no decurso dessas investigações em escutas telefônicas judicialmente autorizadas. As investigações culminaram na chamada Operação Vorax, cujo relatório foi divulgado em 2008. Desse relatório resultou a prisão de Pinheiro, em 2009. Em agosto de 2013, Pinheiro chegou a prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, da Câmara dos Deputados.
No último dia 20, a Corregedoria Nacional de Justiça voltou a investigar possíveis irregularidades ou desvios de conduta cometidos por servidores do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), entre eles, juízes. A correição atinge todas as unidades da Justiça de 1º e 2º graus e cartórios notariais e de registro e, segundo a assessoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a lentidão no julgamento dos vários processos contra Pinheiro estava entre os indícios de irregularidades, reclamações e denúncias que os quatro juízes auxiliares e servidores da corregedoria.