O promotor Edson Resende vai remeter à Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) um pedido de investigação sobre a festa feita no domingo pelo vereador Wellington Magalhães (PTN), vice-presidente da Câmara Municipal de BH, para 1.500 pessoas com direito a bebida, comida e show. Para ele, há indícios de descumprimento da legislação eleitoral, mas a competência para a apurar a possibilidade de propaganda extemporânea e abuso de poder econômico é da PRE, responsável pela fiscalização e controle das eleições estaduais.
Resende disse que o MP não tem como coibir a realização dessas festas porque não há como saber de antemão se a comemoração vai se transformar em ato eleitoral. Disse ainda que é difícil enquadrar o caso em tentativa de compra de voto, pois a lei exige que a relação entre o benefício dado pelo candidato em troca do voto seja bem claro. Wellington é candidato a deputado estadual.
O vereador comemorou seu aniversário de 47 anos em um bufê na Zona Oeste. A comemoração foi regada a chope, refrigerante, arroz, tropeiro, churrasco, macarrão na chapa e petiscos. Tudo à vontade e com fartura para os convidados, que receberam em casa ou das mãos dos cabos eleitorais e assessores do vereador uma fitinha verde que dava acesso ao bufê. Um telão exibia fotos do vereador e mensagem desejando “vitória”. Em um palco montado no salão uma banda conhecida na capital mineira se apresentou depois do discurso do vereador, que estava no palco ao lado secretário de governo Danilo de Castro (PSDB), seu filho o deputado federal Rodrigo de Castro (PSDB) e o pré-candidato ao Palácio Tiradentes, Pimenta da Veiga (PSDB), chamado pelo Wellington de “futuro governador de Minas Gerais”.