Um dos 15 nomes citados pela Corregedoria-Geral da Administração (CGA) no relatório que investiga suposto envolvimento de agentes públicos no caso do cartel em São Paulo é o do ex-diretor de Engenharia e Obras do Metrô Laércio Mauro Santoro Biazotti.
Indiciado
João Roberto Zaniboni é indiciado no Brasil sob suspeita de corrupção, formação de cartel, crime financeiro e lavagem de dinheiro. Além da sociedade com a filha de Zaniboni, a Controladoria também indicou no relatório que Biazotti informou aos corregedores ter tido contas bancárias no exterior. Ele, porém, não as declarou para a Receita Federal.
De acordo com o documento, o ex-diretor da CPTM disse não se recordar se as contas ainda estão ativas.
Laércio Biazotti pediu demissão do cargo em janeiro, após reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo sobre o governo ter aberto investigação se funcionários do Metrô e da CPTM estariam usando postos de combustível para lavar dinheiro de propinas recebidas por empresas do cartel. Um dos postos em questão era de propriedade de Biazotti.
Além do diretor de Operação e Manutenção da CPTM José Luiz Lavorente, outros quatro nomes são citados pela Controladoria-Geral da Administração como sendo de funcionários que apresentaram “discrepâncias” em suas declarações patrimoniais, de acordo com o relatório do órgão do governo estadual.
São eles: o ex-diretor de Operações do Metrô Décio Tambelli; Ivan Generoso, ex-assessor de Nelson de Carvalho Scaglione, ex-gerente de manutenção da CPTM; Dario Juliano Tambellini, assessor do presidente do Metrô; e Mário Mandelli, atual assessor do gerente de manutenção de material rodante da CPTM.