Pizzolato estava foragido até a semana passada, quando foi preso em Maranello, na casa de um sobrinho. Ele deixou o Brasil após ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pena de 12 anos e 7 meses de prisão em regime fechado. Com dupla cidadania, Pizzolato tenta escapar da punição pedindo um novo julgamento na Itália.
O Secretário Nacional de Justiça, Paulo Abrão, afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que o tratado de extradição entre Brasil e Itália prevê que todo o processo, de oito mil páginas, seja enviado aquele país, traduzido, mas nada impede que a Itália atenda a um pedido do Brasil para encaminhar o restante da documentação posteriomente, devido ao prazo exíguo para a realização da tarefa.
"Isso é uma praxe. Pode ser que, eventualmente, se não conseguirmos traduzir a tempo essas mais de oito mil páginas, se encaminhe parcialmente e se solicite que a Itália aceite isso. Mas ficará no âmbito decisório da Itália", afirmou Abrão.
Após a tradução do processo, a PGR encaminhará ao STF o pedido de extradição que, por sua vez, o remeterá ao Ministério da Justiça. Caso concorde, a demanda é enviada ao Ministério das Relações Exteriores, que remete ao seu similar na Itália e, enfim, à Justiça italiana. "Temos uma corrida contra o tempo. O ministro José Eduardo Cardozo nos orientou a agir com total celeridade. Por isso que em menos de 24 horas a gente já havia comunicado ao STF o aviso ministerial para que a Corte pudesse formalizar o pedido de extradição. Houve um entendimento do STF de que essa iniciativa sairia da PGR, o que está sendo feito", afirmou Abrão..