A Procuradoria-Geral de Justiça Adjunta informou que existem 140 servidores do Ministério Público mineiro “detentores de título de apostila” – sendo 82 do quadro de ativos e 58 aposentados. Ainda de acordo com o MP, o órgão aplicou o abate-teto a 40 deles, que têm o salário limitado a R$ 26.589,68, valor que corresponde ao teto salarial adotado no órgão, equivalente a 90,25% do contracheque dos desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas.
Extinto em 2003, o apostilamento permitia o acúmulo de penduricalhos, promoções e progressões. Boa parte desses servidores beneficiados irregularmente teriam ingressado no Ministério Público em cargos com baixa remuneração, mas obtiveram promoção vertical na carreira no órgão.
A representação está com o conselheiro Jeferson Luiz Pereira Botelho desde novembro, à espera do seu relatório. A ação pede a nulidade dos atos de promoção, readequação do posicionamento dos servidores, o corte dos valores recebidos a mais e a devolução, corrigida, dos pagamentos feitos indevidamente.