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Estado de Minas

Aécio Neves faz pouco caso da visita de petistas a Minas

Para senador, as tentativas dos adversários de se aproximar do eleitor do estado têm fracassado


postado em 15/02/2014 06:00 / atualizado em 15/02/2014 00:04

Aécio culpou o governo petista pela crise no setor de energia (foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS)
Aécio culpou o governo petista pela crise no setor de energia (foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS)
No mesmo dia em que o pré-candidato ao governo de Minas Gerais Fernando Pimentel e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participavam de um ato do Partido dos Trabalhadores em Belo Horizonte, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse que, apesar das tentativas de aproximação da legenda com o estado, “o mineiro não é bobo”. “Em todas as últimas eleições, tivemos a presença maciça da presidência. O resultado vocês conhecem. Podem até tentar fazer o mineiro de bobo, mas o mineiro sabe que os avanços mais relevantes se devem ao esforço do estado.” Pré-candidato ao Palácio do Planalto, Aécio fez as declarações ontem em uma reunião com empresários em Nova Lima, na região metropolitana da capital. Segundo ele, o governo federal não cumpriu promessas feitas há mais de uma década, como o metrô de BH e as reformas da BR-381 e do Anel Rodoviário.

O senador também culpou o PT pela crise no setor de energia e afirmou que o Brasil já vive um racionamento. Na quinta-feira, o governo de Dilma Rousseff admitiu pela primeira vez a possibilidade de um apagão. “Desestruturaram o setor com um intervencionismo absurdo. Os investimentos foram embora. A Cemig perdeu R$ 10 bilhões do seu valor de mercado em dois dias. O que tem salvado o governo é que paramos de crescer. A irresponsável intromissão do governo federal nos coloca hoje no limite da capacidade de transmissão do sistema”, disse. O tucano também citou que percebe na população um sentimento de insegurança em relação ao futuro do país. “No momento em que tínhamos as melhores condições não se fez nenhuma reforma estruturante. O Brasil está carente dessas reformas.”

A reforma mais urgente, segundo Aécio, deve ser feita na segurança. Ele declarou apoio ao projeto do secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, entregue ao Senado na última quarta-feira, uma semana após a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade durante um protesto. A proposta proíbe o uso de máscaras e porte de armas ou objetos que possam provocar lesões. O senador mineiro também defendeu a proposta de que menores de idade que cometam crimes hediondos ou sejam reincidentes possam ter a maioridade decretada por um juiz e serem condenados de acordo com o Código Penal. A intenção é “tirar do jovem a sensação de impunidade”.

Questionado sobre a candidatura a deputado federal do ex-governador de São Paulo José Serra, com quem passou a ter uma relação delicada após demonstrar interesse na Presidência da República, Aécio disse que não conversou com o colega de partido sobre o assunto. “Qualquer que seja o caminho que Serra buscar, ele terá no plano nacional uma participação de extremo relevo, pela sua qualidade, pela importância política que tem e, sobretudo, pelo cabedal eleitoral que carrega.”

Primeiro turno Competir com Fernando Pimentel ao governo de Minas não é considerado um perigo ao candidato tucano, Pimenta da Veiga. Após assistir ao pronunciamento de Aécio, o ex-ministro disse que está confiante em ganhar o pleito sem ir para o segundo turno. Pimenta disse que seu trabalho, a boa aprovação do governador Anastasia e o apoio do senador formam um cenário propício para angariar eleitores. “Tudo isso somado nos dá condições de resolver a eleição no primeiro turno.”


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