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Estado de Minas

Lula comanda lançamento do nome de Pimentel ao governo de Minas

Ex-presidente diz que esta é a melhor chance de o PT chegar ao Palácio da Liberdade


postado em 15/02/2014 06:00 / atualizado em 15/02/2014 00:18

Em reunião com lideranças de partidos aliados, ex-presidente defendeu que o PT parta de vez para o enfrentamento com os tucanos (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A press )
Em reunião com lideranças de partidos aliados, ex-presidente defendeu que o PT parta de vez para o enfrentamento com os tucanos (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A press )

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou nessa sexta-feira ao ex-ministro e ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel a missão de enfrentar o PSDB no estado natal do senador Aécio Neves (PSDB) e disse estar disposto a gastar seu tempo em Minas Gerais para eleger o petista governador. Em discurso reservado às lideranças dos principais partidos aliados, Lula disse que esta é a melhor chance que o PT já teve de chegar ao Palácio da Liberdade. “Pimentel é a bola da vez”, afirmou. Em seguida, ao falar para prefeitos e mais parlamentares, a principal estrela petista fez um balanço da atuação do PT e disparou várias críticas aos adversários.

Lula disse estar totalmente recuperado do câncer que enfrentou. “Desse mal eu não vou, para desgraça dos meus adversários.” O petista voltou a criticar o uso, pelo governo de Minas, do programa federal Luz para todos. Segundo ele, além de mudar o nome da ação para assumir a paternidade, o governo tucano não repassou nem os 20% da cota de recursos que lhe cabia.

Mais cedo, a autoria dos programas de investimentos no estado já havia sido assunto para Lula criticar os tucanos. O petista rebateu Aécio, que também ontem havia dito que não existe dinheiro federal, estadual ou municipal, mas dinheiro público (leia na página ao lado). A fala do tucano era em razão de Lula ter dito que várias obras em Minas só foram possíveis com dinheiro do governo federal. No encontro com aliados, Lula retrucou: “O outro lá disse que o dinheiro é público. Se o dinheiro é público, por que ele não chegou aqui na época do Fernando Henrique Cardoso e por que deixaram o Itamar (ex-governador Itamar Franco) aqui à míngua?”, afirmou.

Lula quer que o PT mineiro, que já chegou a estar junto do PSDB em 2008 apoiando uma candidatura comum à prefeitura, parta de vez para o enfrentamento com os tucanos. “A gente não pode se misturar com eles. Agora é a hora de mostrar a diferença entre nós e eles”, afirmou. Na conversa com deputados do PMDB, PCdoB, PRB e um parlamentar do PR, o ex-presidente provocou  Aécio, dizendo ir mais a Minas do que o senador tucano.

Em seguida, no discurso acompanhado por mais de mil militantes, Lula repetiu a crítica sem dizer o nome do tucano. “Já andei muito por Minas Gerais. Tem mineiro, que é político, que não andou tanto quanto andei. O ex-governador não viajou por Minas como eu viajei”, afirmou. Lula disse ter visto cartazes cobrando o dinheiro do metrô de Belo Horizonte durante o trajeto do hotel até o local do evento. “A verdade é que o dinheiro está esperando o governo do estado apresentar projeto. Somos republicanos mas não somos tontos de dar dinheiro sem projeto”, respondeu. Todo o encontro foi filmado com equipamentos próprios para uso posterior em campanha eleitoral.

Ao partir para o encontro de comemoração ao aniversário de 34 anos do PT, Lula reforçou ao Estado de Minas que pretende participar ativamente da campanha de Pimentel. “Estarei aqui quantas vezes for convidado. Se Deus quiser e o Pimentel me convidar, estarei aqui sempre que possível. E espero que, toda vez que vier, o Pimentel me ofereça uma galinha com quiabo”, brincou.

ÂNIMO Lula deu uma verdadeira injeção de ânimo nos cabos eleitorais. Disse que o PT está maduro e, depois de muitos tropeços e rachas em Minas Gerais, finalmente está unido em torno de Pimentel. Uma mostra disso é a participação do ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Patrus Ananias no encontro e também na chapa como puxador de votos para deputados federais. Em campanhas anteriores, Pimentel e Patrus disputavam entre si para ganhar o posto de candidato. O ex-presidente também deu a Pimentel a incumbência de ampliar a aliança no estado, tentando atrair partidos que, nacionalmente, dão sustentação à presidente Dilma Rousseff (PT), como o PSD, que em Minas também é base do governador Antonio Anastasia.

 


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