A Lei entrou em vigor em 29 de janeiro deste ano, mas ainda sem regulamentação para parte das punições previstas, como é o caso de multa de até 20% do faturamento da empresa. "É a primeira vez que temos no Brasil uma norma que visa a atingir o patrimônio da pessoa jurídica", disse em seminário promovido pela Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Uma vez regulamentada, a CGU poderá instaurar processos administrativos. Mas Hage disse esperar que o caráter preventivo instituído pela lei coíba crimes e, por consequência, processos punitivos. "Estamos correndo com o decreto, mas não estou interessado nem um pouco em um processo punitivo", disse.
A lei reforça mecanismos de punição, por exemplo, a pessoas jurídicas que pagam propina a servidores públicos ou autoridades para obter vantagens em contratos e licitações.
Hage disse que hoje as empresas "acham que vale a pena" cometer o ilícito e pagar multas contratuais, já que seus valores são "risíveis"..