Jornal Estado de Minas

Henrique Alves considera lamentável saída de Eduardo Azeredo

Presidente da Câmara disse que Eduardo Azeredo é digno e homem de bem

Adriana Caitano
Brasília – A repercussão da renúncia do agora ex-deputado Eduardo Azeredo tomou fôlego no fim da tarde, quando o plenário da Câmara estava cheio.
Logo depois de o presidente do PSDB em Minas Gerais, deputado Marcus Pestana, ler na tribuna um discurso de defesa do amigo, outros parlamentares manifestaram apoio ao tucano. “Faço questão de destacar a sua seriedade, honradez e conduta como deputado”, acrescentou o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-EN). Mais cedo, após receber a carta de renúncia, Alves havia lamentado a decisão. “É lamentável, mas tive que cumprir meu papel, meu dever”, afirmou, ao anunciar que o documento seria lido no plenário da Casa.

“Sabemos que ele vai seguir com serenidade, equilíbrio, como ele sempre se comportou na sua vida pública. Todos que o conhecem sabem que ele é homem digno, homem de bem”, defendeu o líder do PSDB na Casa, Antônio Imbassahy (BA). Por sua vez, o líder da legenda no Senado, Aloysio Nunes (SP), destacou que a decisão de Azeredo foi pessoal e não do PSDB. “Respeito a decisão dele.
Fico triste porque, enfim, é uma decisão sempre muito delicada. Agora, é uma decisão dele e não partidária”, comentou. Para ele, a renúncia do colega não causa impacto nas eleições. “O que está sendo julgado não é o PSDB como instituição política”, afirmou.

Outros partidos da oposição no Congresso também não acreditam em impacto eleitoral do caso. “Não há impacto nenhum, até porque o deputado Azeredo deixa muito claro que, se há uma acusação contra ele, ele a assume, vai se defender e não permite exploração política em torno do partido. Eu confio plenamente na capacidade e nos argumentos do deputado Azeredo", afirmou o senador José Agripino Maia (DEM-RN).

Também o líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP), se disse solidário a Azeredo e aproveitou para criticar o Supremo. “O STF deve agir com lisura, sem ódio (…) Hoje como cidadão comum ele merece todo o respeito da defesa plena e que só seja condenado se houver provas”, disse. (Com agências).