Brasília – A repercussão da renúncia do agora ex-deputado Eduardo Azeredo tomou fôlego no fim da tarde, quando o plenário da Câmara estava cheio. Logo depois de o presidente do PSDB em Minas Gerais, deputado Marcus Pestana, ler na tribuna um discurso de defesa do amigo, outros parlamentares manifestaram apoio ao tucano. “Faço questão de destacar a sua seriedade, honradez e conduta como deputado”, acrescentou o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-EN). Mais cedo, após receber a carta de renúncia, Alves havia lamentado a decisão. “É lamentável, mas tive que cumprir meu papel, meu dever”, afirmou, ao anunciar que o documento seria lido no plenário da Casa.
Outros partidos da oposição no Congresso também não acreditam em impacto eleitoral do caso. “Não há impacto nenhum, até porque o deputado Azeredo deixa muito claro que, se há uma acusação contra ele, ele a assume, vai se defender e não permite exploração política em torno do partido. Eu confio plenamente na capacidade e nos argumentos do deputado Azeredo", afirmou o senador José Agripino Maia (DEM-RN).
Também o líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP), se disse solidário a Azeredo e aproveitou para criticar o Supremo. “O STF deve agir com lisura, sem ódio (…) Hoje como cidadão comum ele merece todo o respeito da defesa plena e que só seja condenado se houver provas”, disse. (Com agências)