A Itália passa por um momento de transição – há uma semana, o primeiro-ministro, Entico Letta entregou o cargo, que ocupou durante apenas dez meses, e um novo governo será formado.
“A reunião tratará também dos recentes anúncios de novos investimentos de empresas italianas no brasil, como a Fiat, a Tim e a Enel ”, informou Paranhos. A Itália é o oitavo maior parceiro comercial do Brasil, tendo fechado o ano passado com trocas comerciais que chegaram a cerca de US$ 11 bilhões.
Ainda não foi confirmado se Dilma se reunirá com o novo primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, encarregado de formar um novo gabinete a partir da próxima segunda-feira (24). “Ao que eu saiba, não houve nenhuma iniciativa do lado italiano de solicitar esse tipo de encontro”, disse o subsecretário-geral do Itamaraty, em entrevista a jornalistas.
Em seu terceiro encontro com o papa Francisco desde que ele assumiu o pontificado, em março do ano passado, a presidenta deverá tratar de temas da agenda internacional, além de intensificar o diálogo brasileiro com o Vaticano. Paranhos justificou essa proximidade pelo fato de o papa ser uma “voz cada vez mais atuante em temas caros ao Brasil”. Para ele, o encontro com Francisco vai “assinalar a identificação de objetivos e propósitos, dado que o papa tem sido muito na defesa de temas como inclusão social, combate à pobreza e luta contra a discriminação”.
O arcebispo do Rio de Janeiro já está no Vaticano, onde será proclamado cardeal neste sábado (22). Após o consistório, dom Orani e mais 18 novos membros do Colégio Cardinalício receberão cumprimentos dos convidados para a cerimônia. Domingo (23), o papa Francisco celebrará missa com os novos cardeais.
Dilma partiu no fim desta tarde para a Europa, após inaugurar o estádio Beira-Rio em Porto Alegre, e abrir a Festa da Uva em Caxias do Sul.